A reunião prevista para o início da noite desta terça-feira (13) entre a equipe econômica do governo Pedro Taques com a bancada aliada e o Fórum Sindical, para discutir a aplicação da Revisão Geral Anual (RGA), foi adiada para o final da tarde desta quarta-feira (14), no Palácio Paiaguás. A explicação oficial é de que parcela considerável dos secretários está em Brasília, com o governador José Pedro Taques (PSDB), na busca por recursos para investimentos em Mato Grosso.
No entanto, a reportagem do
Olhar Direto apurou que existe também um componente político: o governo não encontrou uma equação para melhorar a proposta de pagamento da RGA. Por enquanto, está mantida a proposta de pagamento de 6,28% no primeiro semestre de 2018, já rejeitada pelos servidores públicos, em assembléia geral, na semana passada, com participação de 23 categorias.
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Os secretários Gustavo de Oliveira, de Estado de Fazenda (Sefaz); Guilherme Müller, de Planejamento (Seplan); e José Adolpho Vieira, chefe da Casa Civil, responsáveis pelo encaminhamento da negociação, estão fora de Cuiabá.
Todavia, Gustavo de Oliveira alertou que, antes de viajar, que, por enquanto, está valendo a proposta de pagamento da RGA de 2017 – referente ao ano de 2016 – em três parcelas, a partir de janeiro de 2018. Serão duas parcelas de 2,15% em janeiro e abril; e uma derradeira, de 2,14%, em setembro de 2018, totalizando 6,58%. O valor foi calculado sob juros incidentes de cada parcela.
No contraponto, o Fórum Sindical insiste que em que a reposição seja quitada neste ano. Além disso, ainda faltam ser incorporados 3,92% da reposição salarial de setembro de 2016. Já foram pagos 7,36% em duas parcelas.
Classificado como ‘padrinho’ do diálogo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), pediu que seja reduzida a tensão de lado a lado e que prevaleça o diálogo. Botelho advertiu, porém, que se houver radicalização e for deflagrada greve geral, deixa de ser intermediador das conversações entre governo e Fórum Sindical.