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Deputado e secretário-geral do PMDB recebe “soltura” de Silval com surpresa e a avalia como tardia

Da Redação - Jardel P. Arruda

O deputado estadual Silvano Amaral, secretário geral da Executiva estadual do PMDB, recebeu com surpresa a decisão da juíza Selma Arruda de mudar o regime da prisão preventiva de Silval Barbosa (PMDB) de fechada para domiciliar. No entanto, para ele, a “soltura” é tardia, visto que não existe uma condenação em definitivo do ex-governador de Mato Grosso.

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“Se está fundamentado na Justiça, quem sou eu para dizer alguma coisa. (...)Eu recebi com surpresa, a própria juíza... Até achei que quem poderia referendar isso seria o Tribunal de Justiça. Aí hoje eu vi a própria Selma fazendo a soltura dele”,  disse Silvano, ao mostrar não acreditava que a titular da 7ª Vara Criminal viesse a conceder o afrouxamento no tipo de prisão do ex-governador, que estava preso no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde setembro de 2015.

Após Silval Barbosa (PMDB) mudar sua estratégia de defesa: ao invés de negar, confessar crimes e ainda delatar outros membros de uma quadrilha criminosa. O objetivo do bando, segundo ele admitiu, era de cobrar propina de empresários em troca de incentivos fiscais, com objetivo de conseguir dinheiro para pagar dívidas de campanhas eleitorais. Com essa atitude, Silval conseguiu autorização para deixar o CCC e manter-se em prisão domiciliar, com uma tornozeleira eletrônica para garantir sua estadia fixa.

Para Silvano, entretanto, a “soltura” veio tarde, pois, uma vez que a premissa básica é que as pessoas são inocentes até ser provado o inverso e ainda inexistir qualquer condenação contra o ex-governador de Mato Grosso.

“Vejo com muita tranquilidade a soltura do Silval. No meu entendimento, até tardia, porque não há uma condenação definitiva do Silval. A prisão é sempre fundamentada na questão dá intervenção que ele possa fazer na investigação, capacidade de fugir e por aí vai. Agora ele fica solto para continuar respondendo seus processos, continuar se defendendo na Justiça”, ponderou.

Legado

Apesar de admitir que os adversários políticos deverão ficar apontando Silval como um fato negativo ao PMDB, Silvano afirma que isso não foi preponderante em 2016, quando o então deputado Emanuel Pinheiro (PMDB) derrotou o deputado Wilson Santos (PSDB) na disputa pela prefeitura de Cuiabá.

Além disso, Silvano acredita que o ex-governador possui um legado importante em Mato Grosso. Entre outras coisas, o deputado do PMDB cita as obras de mobilidade urbana em Cuiabá, a busca por financiamentos que estão sendo liberados agora ao pró-Estrada e ao pró-Concreto e busca por obras federais.

“O Silval está sendo acusado por ações que todos nós sabemos, não vou elencar aqui, mas ele está respondendo na Justiça. Eu não vejo nenhum peso. O Silval teve o seu legado para Mato Grosso, tem sua relação política dento do PMDB, está filiado. Fez o seu Governo, foi um grande Governo. Inclusive de benefícios que hoje ainda acontecem, como o VLT, a BR-174, o MT Integrado que virou o pró-Estradas e por aí vai”, concluiu.
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