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Notícias / Ciência & Saúde

Simulação de atendimento de catástrofes é realizada pelo Hospital Santa Rosa

Da Redação - Letícia Ferro Ferraz

Um motorista provavelmente bêbado bate em uma van que transportava turistas a caminho de Chapada dos Guimarães e mais de 20 pessoas ficaram feridas: é preciso acionar o protocolo de atendimento de múltiplas vítimas. O que parece ser a história de um grave acidente é, na verdade, o roteiro de uma simulação do Plano de Atendimento a Desastres e Incidentes com Múltiplas Vítimas (PAD). A simulação foi realizada neste domingo, no Hospital Santa Rosa.

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A equipe multidisciplinar que passou pelo treinamento contou com a participação de mais de 60 profissionais, e o apoio das ambulâncias da empresa QualyCare. “Simulamos uma história para que fosse criado um cenário de ‘acidente’ e, a partir dele, pudéssemos traçar o perfil das vítimas que seriam transportadas até o hospital", explicou o técnico de segurança do trabalho, Christopher Espíndola. De acordo com ele, o Santa Rosa possui plano para múltiplas vítimas, que trata de situações catastróficas de vítimas em grande escala. 

A simulação obedeceu uma ordem de trabalho, que começou com o acionamento do hospital. Após o hospital ser acionado, por uma linha exclusiva para situações de emergência, que passa inicialmente pela equipe de enfermagem de plantão no momento no Pronto Atendimento (PA), na sequência foi acionada a coordenação médica do hospital, que confirmou a ocorrência e alertou a diretoria, bem como a equipe médica.

“Essa foi a primeira experiência que vivenciamos de fora do hospital para dentro. O nosso maior objetivo foi verificar se o hospital e as equipes estão preparadas para este tipo de evento. Inclusive, é importante que existam falhas para que possamos identificá-las e, com isso, corrigi-las desde já. Além de nos aprimorarmos, a cada simulado queremos ampliar a ação – quem sabe, no futuro, contar com o poder público por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar”, ressalta ele.

Ele completa dizendo que a simulação vai preparar diversos times de profissionais, para compartilharem instalações e serviços, assim como oferecer uma resposta rápida a desastres. Ela permite avaliar várias coisas, por exemplo, o tempo de resposta das equipes envolvidas, que podem ser classificadas em três níveis de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Catástrofes
De acordo com a OMS, situações catastróficas são aquelas que necessitam de atendimento além dos recursos disponíveis, que exigem medidas extraordinárias para manter o serviço básico as vítimas. Além de desastres naturais, podem ser situações que o ser humano também contribui para que aconteçam, como acidentes com vans, ônibus, vários veículos, desabamentos, atentados terroristas, entre outros que possam produzir um grande número de vítimas.   

O coordenador médico do PA do Santa Rosa, o cardiologista Felipe Amorim Zarour, que também participou da simulação do PDA, diz que todos os métodos de atendimentos que foram aplicados, seguem protocolos já existentes e exigem que os profissionais sempre atuem com segurança e comprometimento, além de serem rápidos, assertivos e dinâmicos.

“O treinamento contou com todos os atributos que você iria esperar se a situação fosse real, o que torna a experiência muito válida e interessante – desde a ativação do PAD, passando pela triagem até a desativação do plano. Afinal, poderia ser um acidente real. Inclusive, é mais real do que a gente imagina que vai ser. É um tipo de situação que a gente nunca vai saber quando irá acontecer. Por isso, é necessário estarmos prontos para atuar com excelência no atendimento”, concluiu Zarour.
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