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Notícias / Cidades

Adunemat diz que escândalos envolvendo Faesp mancham imagem e credibilidade da Unemat

Da Redação - Wesley Santiago

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat), Domingos Sávio da Cunha, disparou contra a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe), envolvida em diversos escândalos e alvo da ‘Operação Convescote’.

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“Esse é mais um dos escândalos de grandes dimensões em que a Faespe está envolvida, com consequências enormes para a Unemat, sua credibilidade e sua imagem pública. No final de 2010 a comunidade acadêmica foi surpreendida pelo escândalo do mega concurso público para servidores do Estado de Mato Grosso. Naquele concurso se combinaram fanfarronice, incompetência e irresponsabilidade, e o resultado foi desastroso para a credibilidade e a imagem da instituição”, diz trecho da nota.
 
O posicionamento da presidência é claro: “a seção sindical é contra a existência dessa fundação privada no interior da Unemat. Essa posição (...) foi ratificada pela comunidade acadêmica quando da realização do Segundo Congresso da instituição, em 2008, mas tal decisão foi sabotada pelas sucessivas reitorias que passaram pela universidade, que mantiveram o funcionamento dessa fundação por conta própria e contra as decisões daquele congresso”.
 
O presidente pediu ainda que a reitoria da instituição se manifeste publicamente, informando de forma inequívoca para a comunidade acadêmica e para o povo de Mato Grosso, as diferenças entre a Faespe e a Unemat, se posicionando sobre o que está ocorrendo. “Afinal, a comunidade acadêmica não tem nenhuma responsabilidade sobre os escândalos em que a Faesp esteve ou está envolvida”.
 
“A diretoria da Adunemat vai acompanhar mais esse escândalo envolvendo a Faespe que novamente depõe contra a imagem da universidade, reiterando a sua posição contrária à sua existência, exigindo da reitoria da instituição que cumpra as deliberações do Segundo Congresso da universidade e inicie imediatamente o fechamento dessa fundação privada plantada no interior da universidade pública”, finalizou.
 
A reportagem tentou contato com o diretor da Faesp, mas ele não estava na unidade. Nenhum outro contato foi repassado ao Olhar Direto. Um e-mail foi encaminhado solicitando o posicionamento à respeito da nota, mas até a publicação da reportagem não houve resposta por parte da fundação.

Operação Convescote

A operação visa desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos, notadamente recursos públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE/MT), por intermédio da  Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp).
 
Além do crime de constituição de organização criminosa, também há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa. Entre os alvos dos mandados estão servidores do Tribunal de Contas e da Assembleia Legislativa, bem como funcionários do Sicoob e Faesp.
 
Primeira fase
 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) deu cumprimento no dia 20 de junho a 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, todos expedidos pela Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.
 
Na mesma oportunidade foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 04 mandados de condução coercitiva.

Segunda fase

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou na manhã desta sexta-feira (30) a segunda fase da operação Convescote. Segundo as informações iniciais, são alvos da operação servidores públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Poder Judiciário. Empresários e funcionários de uma fundação de ensino de Cáceres (220 km de Cuiabá) também estão entre os investigados. No total, 13 mandados de condução coercitiva, busca e apreensão são cumpridos. 
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