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AMM passa por primeira reforma total em 30 anos para economizar e melhorar serviços

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

As gambiarras elétricas, o improviso em ‘cotovelos’ de encanamento e o mau cheiro provocado pelo esgoto sem tratamento fazem parte do passado. A inauguração da reforma e modernização da sede da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), na terça-feira,11, trouxe tudo novo em um prédio que há mais de 30 anos convivia com reparos pontuais, onde até mesmo a segurança dos que trabalhavam no local era um risco.
 
O presidente da AMM, ex-prefeito Neurilan Fraga, explicou que a decisão de executar a reforma, num momento de crise, se tornou correta e inadiável, após a renitência de problemas elétricos e hidráulicos, ao longo dos últimos anos. “Fizemos das tripas ao coração para chegar neste momento, porque, sem dúvida, parte da rede elétrica, ainda do período da construção [1985], estava prestes a sucumbir e até colocava em risco a vida de quem trabalhava e transitava pelo prédio”, ponderou Neurilan Fraga.
 
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Inaugurado em 1985, o edifício passou pela primeira reforma geral em mais de 30 anos. “A inauguração da reforma e ampliação do prédio da AMM demonstra que a gestão pública se faz com prioridade”, observou o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que representou o governador José Pedro Taques (PSDB), no evento. Ele também recebeu a Ordem do Mérito Municipalista, maior honraria da AMM, destinada a Fávaro e Pedro Taques.
 
Carlos Fávaro se colocou à disposição dos prefeitos para contribuir com as reivindicações municipalistas. Ele admitiu que a situação da saúde ainda exige empenho diferenciado, mas avisou que não foge da responsabilidade e pediu para que continuem dirigindo as cobranças políticas e administrativas para o Palácio Paiaguás.
 
Momento difícil
 
Neurilan Fraga argumentou que mais de 80% das prefeituras de Mato Grosso passam por sérias dificuldades administrativas e financeiras. As receitas dos municípios caíram em média quase 20%, nos últimos dois anos.
 
“É de extrema importância que de discuta a revogação ou um formato alternativo para a Lei Kandir, que acarreta graves perdas financeiras para os municípios”, criticou ele, sobre a legislação que isenta de ICMS os produtos primários e semi-elaborados destinados à exportação. Por determinação constitucional, as prefeituras têm direito a 25% do ICMS.
 
Os municípios também têm problemas diversificados com PCCS dos profissionais da educação, queda do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSqn), temor de perda com o novo Fundo de Transporte e Habitação e outros itens.
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