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Taques afirma que só investigação aponta responsáveis por fraude no sistema de protocolo do Paiaguás

Da Redação - Ronaldo Pacheco / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

 A comprovação da fragilidade ou não do protocolo geral do governo de Mato Grosso, instalado no saguão principal do Palácio Paiaguás, só será possível esclarecer ao final das investigações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) e da Controladoria Geral do Estado (CGE). A explicação partiu do governador José Pedro Taques (PSDB) para explicar porque a CGE decidiu abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar se houve responsabilidade de servidores públicos em alterações nos dados do sistema de protocolo do Estado.
 
Pedro Taques não aceita que haja teorias não comprovadas sobre suposta fragilidade no sistema de protocolo do Palácio Paigauás, sem que sejam concluídas as investigações, em curso. Trata-se de resposta direta à nota do promotor de Justiça Mauro Zaque Jesus, ao acusar o governo de fraudar o protocolo da Casa Civil para suprimir a sua denúncia quanto à existência de escutas clandestinas, sob operação da Polícia Militar de Mato Grosso.

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“Fui eu que determinei duas formas de auditoria: uma da Casa Civil, que determinou à Controladoria Geral do Estado a instalação do PAD; e determinei ao secretário de Segurança Pública [Rogers Jarbas], que, também, investigue o caso. Quando chegar à conclusão, vou responder essa pergunta [se existe fragilidade no sistema]”, argumentou o chefe do Poder Executivo, durante visita às obras da Avenida Felinto Müller, em Várzea Grande, ao lado da prefeita Lucimar Sacre de Campos (DEM), deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e do ex-senador Jaime Campos, nesta quinta-feira (14).
 
O governador não disse que o ex-secretário de Segurança Pública, promotor de justiça Mauro Zaque Jesus, fraudou o protocolo, mas, sim, que houve fraude, sem identificar o autor ou autores. “Houve fraude, no protocolo. Eu mostrei os dois protocolos [o autêntico e o fraudado]. Isso vai se comprovar quem fez”, justificou ele.
 
Pedro Taques explicou que entrou com representação contra Mauro Zaque por prevaricação e não por suposta fraude em documento do protocolo da Casa Civil. “Entrei com representação contra [o promotor de Justiça Mauro Zaque]. Ele vai ser investigado pelo fato de passar tanto tempo sem dar notícia dos grampos. O documento [que Zaque assegura ter protocolizado] não chegou a mim. E ele me representou dizendo que o documento chegou a mim”, sintetizou o governador.
 
Taques insiste que não tinha conhecimento dos fatos denunciados pelo então secretário Mauro Zaque. “Eu que mandei fazer a investigação [sobre possíveis falhas no sistema de protocolo]. O que ele protocolou? O senhor sabe o que ele protocolou? Isso vai ser demonstrado!”, respondeu Pedro Taques, para os jornalistas que cobriam sua visita às obras, em Várzea Grande.
 
Pouco antes, Mauro Zaque tinha divulgado nota em que assegura ter entregue ao governador Pedro Taques um protocolo em que denunciava o esquema de escutas ilegais praticados pela Polícia Militar de Mato Grosso. O documento, no entanto, não chegou ao conhecimento do governador.
   
Somente o Processo Administrativo disciplinar é que vai elucidar os fatos. E é por isso que, no pedido de abertura do PAD, o secretário José Adolpho Vieira, da Casa Civil, exige que seja apurado o destino dos documentos que foram supostamente extraviados. E, na seqüência, o   resultado da auditoria já foi encaminhado pelo Governo do Estado ao Ministério Público de Mato Grosso.
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