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Nata da sociedade superlota auditório em posse de Avalone na Sedec

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

 Quando a anciã Ida Festa Avallone, 83 anos, demorou quase 30 minutos para percorrer menos de 70 metros que separam a entrada do prédio até à primeira fila do do autitório da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Cuiabá, na noite desta quinta-feira (14),  ficou patente tratar-se de pessoa conhecida e querida. No trajeto, foi abordada e cumprimentada por 57 presentes, inclusive o governador José Pedro Taques (PSDB) e o seu filho ilustre, o secretário Carlos Avalone Júnior (PSDB), além do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, e do vice-presidente da Câmara de Cuiabá,  vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), entre outros.

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A cerimônia de posse de Avalone Júnior como secretário de Estado  de Desenvolvimento Econômico (Sedec) parecia uma volta no temo, há mais de duas décadas. Atuêntico retorno à época do saudoso governador Dante Martins de Oliveira (in memorian), morto prematuramente, aos 54 anos, em julho de 2006.

Era uma festa tucana, com certeza. Avalane é o terceiro secetário de Estado filiado ao PSDB, mas o primeiro indicado organicamente pela agremiação – os outros são os secretários Wilson Santos (PSDB), das Cidades; e Guilherme Müller, de Planejamento. Pedro Taques, Carlos Avalone e Nilson Leitão não economizaram elogios ao governo Dante e sua visão estratégica.
 
O evento marcou a volta por cima de Carlos Avalone Júnior, que novamente ficou na suplência de deputado estadual, em 2014, e, ironia do destino, chegou a ser preso, em 2009. Ele foi inocentado por conta de um documento de 1997 que comprovava o seu desligamento da Construtora Três Irmãos.
 
Na volta ao passado, vale resgistrar: Müller foi colega de escola e secretário de Dante, tanta Prefeitura de Cuiabá quanto no governo de Mato Grosso. E foi coordenador do primeiro Programa de Reforma do Estado (1995-96), com Valter Albano, José Carlos Novelli, Antônio Joaquim Neto, Maurício Magalhães e Márcio Lacerda, entre outros comandados de Dante.
 
O vice-presidente da FCDL, Paulo Gasporotto, entregou um buquê de flores para dona Ida Avallone, sob aplausos intensos. Já o presidente da CDL Cuiabá, empresário Nelson Soares, citou que coube  a Carlos Avalone incluir o "C", de comércio, no Programa de Desenvolvimento da Indústria e  do Comércio (Prodeic).

“Ela é viúva do desembargador Carlos Avalone. Tem rica história em Cuiabá”, disse o geólogo Wilson Coutinho, ao apresentá-la para o gaúcho Roberto Vargas, presidente da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), um dos sete órgãos vinculados à Sedec. Os outros são MT Gás, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Invest MT (antiga MT Fomento), Indea, Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) e Junta Comercial (Jucemat).
 
Figuras exponenciais da vida pública de Mato Grosso e da sociedade cuiabana se acotoveleram para acompanhar o evento. Todas as 287 cadeiras estavam ocupadas e os corredores do auditório tomados. Autoridades se misturavam com anônimos, como o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que se sentou ao lado do líder comunitário Roberto Pereira Lima, o Robertinho, antes de ser chamada para compor o dispositivo de autoridades. 
 
Personalidades, como o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda; o presidente da CDL, Nelson Soares; o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Logistas (FCDL), Ozair Bezerra, se misturavam a outras menos conhecidas.
 
Derrotado em 2002 por Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura e Pecuária, tendo o então senador Antero Paes de Barros na cabeça de chapa, o PSDB ressurgiu das cinzas, em Mato Grosso, com o ingresso de Pedro Taques e seu grupo, em 2016. E a posse de Avalone Júnior foi a prova de que está mais vivo do que nunca, politicamente.

 
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