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Cotado, delegado que atua na DERFVA não deve assumir investigações sobre grampos

Da Redação - Patrícia Neves

O delegado da Polícia Judiciária Civil, Marcelo Martins Torhacs, não deverá assumir as investigações sobre o caso das interceptações telefônicas em Mato Grosso em razão do trabalho que vem desenvolvendo perante à Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva). A informação foi confirmada na tarde de hoje, 17, pela assessoria da Polícia Civil. Marcelo atua com delegado adjunto na unidade policial.

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Na última sexta-feira, 14,  o delegado designado para o cargo, Flávio Stringuetta, encaminhou um atestado médico ao Judiciário Estadual onde informou quanto a uma delicada condição de saúde, que lhe determina o afastamento de suas atividades funcionais. 

A infomação quanto ao novo responsável pelo caso foi ventilada pelo delegado Stringuetta, durante um programa de rádio na manhã de hoje. Segundo  o policial, a aprovação já contava com a anuência do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, responsável por determinar o nome do delegado designado para cuidar do caso. 

Afastamento

Flávio, em postagem em rede social, garantiu que sua decisão deve-se a sérios problemas de saúde. Ele chegou a encaminhar por meio de grupos de aplicativos celulares cópia de exames  e do atestado que lhe garante afastamento para tratamento. 

"Estou sendo obrigado a expor minha vida particular para que não especulem sobre meu afastamento das investigações dos grampos. Estou deixando as investigações por absoluta falta de condições físicas. Estou com uma doença auto-imune, incurável e crônica, que, para o seu controle, necessita de um ambiente tranquilo, sem picos de estresse", declarou. A mensagem foi rapidamente espalhada.

Ele ainda garantiu que sua decisão deve-se a uma solicitação médica. Ele está em tratamento contra a doença  de Crohn, que afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. 

Entenda

O esquema das escutas ilegais em Mato Grosso já levou a prisão de seis policiais militares. O esquema teria resultado ainda em interceptações de jornalistas, empresários e médicos na capital. O esquema veio à tona após divulgação de reportagem pelo programa global Fantástico no dia 14 de maio. 

*Colaborou Rogério Florentino Pereira 
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