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Notícias / Picante

Crediário na extorsão

Da Redação

 
Embora pareça surreal, a denúncia do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de que teria pago R$ 200 mil em propina para o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), então presidente da CPI das Obras da Copa e do VLT na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em delação premiada à Procuradoria Geral da República, possui pontos no mínimo obscuros. Primeiro: se é verdade que Bezerra cobrou R$ 15 milhões (e depois supostamente reduziu para R$ 10 mlhões), mas recebeu apenas R$ 200 mil, significa que foi “inaugurada” a propina paga à prestação. Para chegar aos R$ 10 milhões revelados por Silval, seriam necessárias 50 parcelas de R$ 200 mil. Certamente um crediário mais longo que crediário das Casas Bahia ou financiamento de carro popular Lula-Dilma. Qualquer leigo que mergulhar no caso, em sua essência, ficará intrigado com a história da suposta extorsão praticada pelo deputado Oscar Bezerra. Pode ser verdade? Sim, pode! Mas para aceitar R$ 200 mil como adiantamento, Bezerra deveria estar com a corda no pescoço ou a delação contada por Silval à Procuradoria da República não passa de alucinação ou devaneio.
 
 
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