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Reitora da UFMT vê situação “gravíssima” e diz não ter recebido resposta do MEC

Da Redação - Lázaro Thor Borges

A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Myrian Serra, afirmou que a instituição não terá recursos suficientes a partir do mês de outubro deste ano. Ela explicou que a situação é “gravíssima” e que até o momento o Ministério da Educação não sinalizou que regularizará os repasses.

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Serra explicou que por conta do corte de gastos do Governo Federal a UFMT só recebeu metade do orçamento previsto para este ano e que a instituição só conseguirá honrar suas contas se receber R$ 14 milhões em investimentos, que já estavam descritos.  

"Caso nós não tenhamos esse recurso nós vamos fazer o que já iniciamos agora, que é a gestão de contas, escolhendo contas que podemos pagar. E isso é muito ruim para a universidade, porque poderá gerar problemas de manutenção e de serviço, eu espero que possamos conversar com os fornecedores para que estas atividades não sejam suspensas", afirmou a reitora. 

A previsão é de que alguns fornecedores tenham os pagamentos atrasados em ate 3 meses, limite máximo permitido por lei. Sem os 14 mi que a reitoria já solicitou ao Ministério de Educação a UFMT poderá começar 2017 no vermelho. Myrian e sua equipe administrativa tentam solucionar o problema em duas frentes.     
                  
"A nossa ideia é conversar com a bancada, tentar fazer com que eles pressionem o governo para enviar esse recurso contigenciado. A outra saída é sensibilizar, por meio da imprensa, toda a comunidade acadêmica", afirmou ela.      
                 
O contingenciamento de recursos acontece desde 2014. Na prática, o orçamento aprovado pelo congresso é reduzido pela metade, por meio de portaria publicada pelo Governo Federal. A situação piorou ainda mais este ano, quando o orçamento aprovado foi menor em relação ao ano passado e os cortes foram ainda mais profundos. 
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