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Eleição de 2018 precisará mais de militantes do que de filiados, avalia deputado federal

Da Redação - Jardel P. Arruda

Em um cenário onde doações de empresas estarão proibidas e um fundo público de financiamento de campanha eleitoral não vai existir, o ressurgimento da militância partidária será fundamental para o sucesso de uma legenda nas eleições. Essa é a avaliação do presidente estadual do PSDB, deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que tenta organizar a sigla para o pleito de 2018.

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“Vamos ter que nos reinventar para essa eleição de 2018. Não poderá ser apenas filiado, terá que ser militante. Cada um vai ter que se dedicar ao seu partido, abraçar sua causa, ter candidatura e, acima de tudo, terá que ser militante. Não interessa se é o prefeito ou uma pessoa simples”, afirmou Nilson, para cerca de 40 prefeitos e 20 vice-prefeitos, além de outras lideranças, durante o encontro estadual da sigla, realizado semana passada.

Ele acredita que, com pouco financiamento, os filiados precisarão de uma ligação umbilical com a sigla, reduzindo drasticamente as influência dos cabos eleitorais pagos, sem qualquer identificação partidária. Por isso, Leitão tem apostado em uma forte organização partidária a fim de chegar com uma legenda forte em 2018.

De acordo com ele, isso refletirá em um renascimento partidário. O PSDB em nível nacional já passa  pelo inicio de um processo de “reinvenção”, no qual o estatuto será reavaliado. O mesmo, de acordo com Leitão, precisa acontecer em nível municipal, inclusive com eleições internas para organizar onde a sigla ainda é comandada por dispositivos provisórios. Por outro lado, ele também cobra uma nova mentalidade do eleitor, que precisa abraçar ideias ao invés de favores.

Além disso, com o fim das coligações e com uma clausula de barreira, parte dos pequenos partidos devem se aglutinar com os maiores. Esse comportamento deve ser ainda mais forte se o “distritão” não passar no Congresso e as eleições parlamentares continuarem no modelo proporcional. Se isso acontecer, a mecânica eleitoral de 2018 deve ser nova e poucos partidos devem concentrar os cargos legislativos.
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