Serve de alerta, principalmente para o caso Silval Barbosa, tendo em vista a realidade regional, o pedido de anulação do acordo de delação do ex-senador Delcídio do Amaral. O caso, como revela Folha de S. Paulo (veja aqui), acabou se tornando um verdadeiro “nó górdio” no MPF e revela a fragilidade sobre os métodos e o alcance dos acordos de delação. No caso específico, o STF aprovou a concessão do perdão judicial a Delcídio, sob argumenos oferecido pelas PGR, mas agora outro membro do MPF aponta mentiras e pede a perda do acordo. “Se o Estado assina e pouco depois quer desfazer um acordo, que sinal está emitindo a futuros delatores?”, questiona o texto citado, assinado por Rubens Valente. Para um especialista ouvido pela coluna, o açodamento para fechar acordos sem elementos de corroboração está construindo um horizonte de coleção de arquivamentos e absolvições. Tudo ao custo da destruição de reputações. Custo muito alto, convenhamos.