Imprimir

Notícias / Política MT

Emanuel pede a secretários que vídeo vazado de delação não atrapalhe trabalhos da Prefeitura de Cuiabá

Da Redação - Érika Oliveira

Ainda isolado desde que teve imagem veiculada em rede nacional, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), reuniu seu staff na última sexta-feira (01) para discutir o cronograma de metas e prazos a serem cumpridos por sua gestão. A reunião fazia parte do planejamento periódico de encontros com o secretariado, mas o assunto “delação” acabou se tornando pauta e o prefeito aproveitou para fazer um apelo: que o vídeo vazado da colaboração de Silval Barbosa (PMDB) não atrapalhe os projetos da Prefeitura da Capital.

Leia mais:
Embora leal ao prefeito, Malheiros diz que Legislativo não é “puxadinho” da Prefeitura de Cuiabá

“Esse não era o principal assunto a ser tratado, mas ele [Emanuel] falou rapidamente conosco, até para nos dar alguma satisfação. Foi um fato que ocorreu enquanto ele era deputado, portanto não diz respeito ao prefeito e, sim, ao Emanuel enquanto pessoa. Ele deve tratar disso com a Justiça e a única coisa que nos pediu foi para que isso não afete a condução dos trabalhos da Prefeitura”, disse o secretário de Governo, Carlos Roberto da Costa, o Nezinho.

De acordo com o secretário, o prefeito não deu esclarecimentos sobre as imagens em questão, veiculadas pela primeira vez no dia 24 de agosto, no Jornal Nacional, da Rede Globo. Mas, foi taxativo ao pedir para que os membros de seu staff não deixassem a crise – que assola sua imagem – adentrar os corredores do Alencastro.

“Nós entendemos que é uma situação delicada, mas a Prefeitura não pode parar. Existem muitos projetos importantes em andamento e os esclarecimentos sobre esse assunto cabem apenas ao Emanuel e, tenho certeza, serão feitos no momento certo, judicialmente”, finalizou Nezinho.

Entenda o caso

Emanuel Pinheiro foi filmado pelo chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Correa, colocando maços de dinheiro nos bolsos do paletó. Os valores, conforme narrou o ex-governador em seu acordo de colaboração premiada, seriam referentes ao “mensalinho” que era supostamente pago a deputados estaduais, a fim de garantir apoio ao Governo.

O prefeito disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que nunca recebeu "mensalinho" ou dinheiro ilícito para apoiar o governo de Silval Barbosa. Em nota, ele afirmou que "refuta toda e qualquer ilação que possa ter sido alegada com intenção de enredá-lo nas supostas práticas criminosas que teriam sido admitidas numa possível delação".

Pinheiro chegou a publicar em seu Facebook, horas depois a veiculação das imagens, que não iria se estender sobre o assunto em função do “caráter sigiloso” da delação. Todavia, mesmo com a retirada do sigilo, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, Emanuel permanece sem dar declarações sobre as acusações. 
Imprimir