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Maçom de MT pode ser expulso do Grande Oriente do Brasil por denunciar dívida de R$ 1 milhão em IPTU

Da Redação - Lázaro Thor Borges

O ex-vereador do município de Sinop Aluizio Pereira de Barros pode ser expulso do Grande Oriente do Brasil (GOB) sob a acusação de ter enviado mensagens por whatsapp em que denunciou suposta dívida de R$ 1 milhão da maçonaria carioca com a Prefeitura do Rio de Janeiro.  

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Aluizio e o maçom Luiz Antonio Vargas de Andrade, que pertence a maçonaria do Mato Grosso do Sul, teriam espalhado mensagens em um grupo de wahtsapp que reúne maçons de todo Brasil afirmando que o Grande Oriente do Brasil do Rio de Janiero (GOB-RJ) deve R$ 1.155.864,62 de IPTU e R$ 55.730,41 de honorários de sucumbência a Procuradoria do município carioca. Os maçons também acusaram a gestão nacional de favorecer as lojas cariocas.

Como resposta, a GOB carioca publicou nota de esclarecimento em que acusa os dois membros de descumprirem o Código Disciplinar Maçônico. A entidade pediu a expulsão dos dois maçons da sociedade secreta, como punição pela suposta infração cometida.  

O texto assinado pelo grão-mestre da GOB-RJ, Edimo Muniz Pinho, lembra que os dois jurisdicionados não poderiam se manifestar sobre questões referentes ao Oriente do Rio de Janeiro. “Causa-nos espécie que irmãos se manifestem sob um tema do qual não tem conhecimento profundo e dissemine dúvidas e contrariedades sob a gestão do GOB e do GOB-RJ.”, ressalta.

Isenção de imposto

Edimo também explica que a propriedade do Palácio Maçônico do Lavradio, alvo da disputa nos grupos de whatsapp, pertence ao Oriente do Brasil e que o imóvel foi cedido em regime de comodato ao GOB-RJ. O palácio possuía isenção de IPTU, que não foi renovada nos últimos anos, por omissão das antigas administrações.

“O erro, o equívoco ou negligências de administrações anteriores não poderão ser lançadas sob a administração que se iniciou em 2013, a qual após assumir o Grande Oriente do Brasil - Rio de Janeiro em situação de penúria financeira com obrigações inadimplidas e passadas por 2 (duas) intervenções do Poder Central, hoje possui condições de adquirir uma sede administrativa à vista, sem onerar as lojas da jurisdição ou cobrança de cota extra.”, afirma.

Apesar do imbróglio, os maçons cariocas argumentaram que tem batalhado para que a isenção de IPTU volte a vigorar. Edmo cita, inclusive, que a GOB-RJ vem “trabalhando” junto a Prefeitura do Rio, por intermédio do vereador João Ricardo (PMDB), na tentativa de obter o benefício.

Além da isenção no Lavradio, o Oriente carioca diz já ter sido beneficiado com a isenção deste ano para a nova sede, que representou uma economia de aproximadamente R$ 150.000,00 às lojas. A ideia, segundo a nota, é pleitear o benefício por mais três anos.

“Tudo, repita-se, por intermédio da atual administração do GOB-RJ e de irmãos políticos jurisdicionados ao GOB-RJ. O benefício do Grande Oriente do Brasil é benefício de todos os maçons.”, acrescentou.

A nota foi enviada aos grãos-mestres dos estados dos maçons responsáveis pelas acusações e, se apreciada, poderá render a expulsão de Aluizio Pereira de Barros eE Luiz Antonio Vargas de Andrade. 
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