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Banhistas invadem Complexo da Salgadeira um dia antes de obras serem retomadas; fotos

Da Redação - Wesley Santiago

O Complexo da Salgadeira voltou a ser invadido por banhistas no último final de semana (09 e 10). O local, que fica na rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), está interditado. As obras de revitalização foram retomadas nesta segunda-feira (11) e ficam sob a responsabilidade da Concremax Concreto Engenharia e Saneamento LTDA. O custo será de R$ 12,6 milhões.

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A cena, flagrada por um internauta do Olhar Direto, é comum nos finais de semana. Banhistas desrespeitam as placas indicando que o local está interditado e não pode ser utilizado para banho e aproveitam para fugir do local nas águas geladas de Chapada dos Guimarães. Tapumes que serviam para proteção chegaram a ser derrubados.
 
Enquanto isto, carros ficam estacionados na beira da rodovia e se acumulam aos montes. Vale lembrar que durante o final de semana, três dos principais atrativos de Chapada dos Guimarães ficaram fechados para visitação em decorrência de um incêndio que atinge o Parque Nacional desde o último dia 7 de setembro.
 
O Morro de São Jerônimo, a Travessia da Casa do Morro e o Circuito das Cachoeiras estão impossibilitados de receber turistas. Todos os demais atrativos (Cidade de Pedra, Véu de Noiva, Cachoeirinha e Cachoeira dos Namorados e Rio Claro) continuam abertos.
 
Um grande incêndio atingiu o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães na última quinta-feira (7). O fogo começou em uma área de morros, de difícil acesso, entre o rio Coxipózinho e a comunidade São Jerônimo.
 
Recentemente, o secretário de Cidades (Secid), Wilson Santos (PSBD), informou que “Não havia garantia de banho, mas por determinação do governador, estamos trabalhando com o Ministério Público, para paralelamente trabalhar a inclusão do banho. Mas o banho apenas do lado esquerdo da rodovia, no sentido de Cuiabá pra Chapada, e não mais como era, haverá um controle, numero limitado de pessoas por dia”.
 
O projeto de reforma ainda é o que garantia apenas a contemplação do espaço.  Ele prevê um estacionamento, uma central de lixo e gás, uma central de tratamento de esgoto, um posto policial, guaritas, um restaurante, uma loja, um mirante e um Centro de Interpretação do Turista, para estudo do turismo na região.
 
Também serão instaladas trilhas elevadas, para que os visitantes não pisem nas rochas e vegetação, na mesma diretriz que ocorre no arquipélago de Fernando de Noronha.
 
A responsável por retomar e concluir o projeto será a Concremax Concreto Engenharia e Saneamento LTDA. O valor global da obra é de R$ 12.637.552,78. O montante é quase o dobro do previsto inicialmente, em 2013, quando o projeto foi orçado em R$ 6,3 milhões. Ao todo, a antiga empresa gastou pelo menos R$ 2,4 milhões.
 
Histórico
 
O Complexo Turístico da Salgadeira tem área total de 72,4 mil metros quadrados. O local foi interditado em 2010 por determinação judicial, devido à detecção de vários problemas ambientais, como a disposição de resíduos a céu aberto, causados pela ocupação e uso irregular do espaço ao longo dos anos.
 
As obras de revitalização da Salgadeira foram iniciadas em 2014, com previsão de entrega até a Copa do Mundo e paralisados devido a inconsistências de projeto. Foram retomadas em 2016, mas parada novamente devido ao término do contrato.
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