Ainda que o governador Pedro Taques (PSDB) e o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Rui Ramos, façam questão de sempre dizer que o clima entre Executivo e Judiciário é o mais harmônico possível, a relação entre os dois Poderes tem apresentado sinais visíveis de desgaste. Na última semana, após a determinação do desembargador Orlando Perri, que culminou no afastamento do então secretário de Segurança, Rogers Jarbas – que segue monitorado por tornozeleira eletrônica -, Taques fez duras críticas e chegou a classificar as decisões do magistrado de “esdrúxulas”. E, embora o governador tenha deixado claro que, apesar dos ataques a Perri, respeitava o Judiciário, sua fala repercutiu negativamente, fazendo com que a OAB-MT e a Associação Mato-grossense de Magistrados emitissem nota de repúdio sobre o caso. E para piorar a situação, na sexta-feira (22), mais um secretário de Taques foi alvo da Justiça, numa decisão que gerou debates inflamados acerca de sua legalidade. A AMAM, mais uma vez, manifestou solidariedade ao magistrado. Rui Ramos, por sua vez, não falou sobre o assunto.