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Suplemento, pomadas e dinheiro: saiba como ajudar Serginho na luta contra a doença rara

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Leitores de Olhar Direto de bom coração comoveram-se com o novo drama enfrentado na última semana por Sérgio Luiz Ferreira da Silva, o “Serginho”, de 19 anos, que luta contra uma epidermólise bolhosa.  Ele precisou ser submetido a um amputamento na perna direita. Com a intenção de ajudar, muitos solicitaram o contato da família e a conta bancária do rapaz. Atendendo às solicitações, Olhar Direto selecionou as principais formas de ajudar na causa, saiba:

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Conforme explicou Rita de Cássia Ferreira da Silva, seu filho, Serginho, precisa de duas pomadas essenciais para as feridas do corpo e um suplemento alimentar específico para seu caso. Depósitos em dinheiro, frutas, verduras e mimos também são bem vindos. No rodapé da matéria (Galeria), trouxemos as imagens dos medicamentos citados abaixo:

Pomadas:

A primeira pomada chama-se "Kollagenase", do princípio ativo Colagenase. Trata-se de remédio dermatológico elaborado pelo Laboratório Cristália. É vendido em embalagens com 10 bisnagas de 30g cada ou em embalagem com 1 bisnaga de 50g + espátula.

A segunda pomada tem como princípio ativo a sulfadiazina de prata 1%, que trata de feridas com grande potencial de infecção e risco de evolução para infecção generalizada, como: queimaduras, úlceras de perna, escaras de decúbito e feridas cirúrgicas. Diversos laboratórios oferecem versões com o mesmo princípio ativo, tais como: "Dermacerium", "Dermazine" e "Sulfadiazina" (Neo Quimica).

Suplemento Alimentar: 

O terceiro produto é um suplemento alimentar bastante específico, a mãe de Serginho explica que não se trata de suplementos comerciais. O produto chama-se “Cubitan”. ​É um suplemento nutricional líquido, específico para o tratamento de feridas crônicas, enriquecido com nutrientes como arginina, zinco, selênio, vitamina C, A e E que regulam o processo inflamatório e aceleram a cicatrização. É produzido pela Danone e é vendido pela empresa Tecnovida. Dica para quem deseja ajudar: segundo a mãe do menino, o único sabor que ele aceita o consumo do produto é o de morango.

Dinheiro:
 
Quem pretende fazer doação financeira, Serginho possui duas contas, uma pela Caixa Econômica Federal, outra pelo Banco do Brasil. Anota os números:
 
Caixa Econômica:
Agência: 2985
Operação: 013
Conta Poupança: 00023688-1
CPF do beneficiário: 016.500.521.11

 
Banco do Brasil:
Agência: 2764-2
Variação da Poupança: 51
Conta: 67197-5
CPF do beneficiário: 016.500.521.11

 
Outras doações: 

Segundo Rita de Cássia, outros produtos que tragam conforto emocional também são bem-vindos, como alimentos naturais (frutas e verduras) e "mimos" (presentes e lembranças). O contato telefônico da mãe de Serginho é: (65) 99299-2101. 
 
Para garantir a segurança da família, caso alguém queira fazer uma doação direta, na residência de Serginho, em Várzea Grande, favor solicitar o endereço completo à reportagem via e-mail para: paulovictorfanaia@gmail.com

Uma luta por dignidade:

Conforme Olhar Direto noticiou na última segunda-feira (24), a amputação da perna do menino aconteceu na semana passada. “Ele estava no Hospital Julio Muller, internou na terça-feira (17), fez a cirurgia de amputação na quarta-feira (18) e deixou o hospital na tardezinha de sexta-feira (20). A cirurgia foi pelo SUS e alguns exames foram feitos pela Unimed, pois uma pessoa paga para ele um plano há 07 anos”, conta Rita. (Veja a notícia)

A calma de Serginho é um acalento ao psicológico da mãe, que vê a tragédia e o abandono roubando as esperanças de seu filho. “Ele é bem tranqüilo, graças a Deus ele aceitou bem a amputação, pois sofria muito com esta perna, ele aceitou bem. Ainda está na fase de recuperação, é um pouco cedo para falar já que ele está bem, mas a recuperação parece estar sendo rápida. Emocionalmente ele é controlado, um jovem feliz, embora com pouca estatura, é um jovem feliz e tranqüilo, mesmo com todas as limitações e dificuldades. É sem palavras expressar como ele é”, diz, segurando o choro.

No que depender da força de uma mãe indignada, tranqüilidade é a última palavra em seu vocabulário. “Vou colocar a boca no trombone! Depois desta amputação eu decidi que ele tem que conseguir! Seja R$ 100 mil ou R$ 200 mil, ele tem que conseguir! O Estado tem dinheiro para isso. Não é uma doença comum, com vários casos, como uma diabetes, é único em Várzea Grande. Só sei de outros em Chapada dos Guimarães, um em Sinop e uma menina em Livramento. É obrigação do Estado. Há 19 anos venho lutando e só consigo doação de amigos e da iniciativa da imprensa, mas acho que é um direito dele enquanto cidadão várzea-grandense e mato-grossense receber ajuda”, exclamou a mãe.  

Doença rara
 
A epidermólise bolhosa é um doença rara de pele, de caráter genético e hereditário. A principal característica da forma congênita é o aparecimento de bolhas, especialmente nas áreas de maior atrito, e nas mucosas. As lesões profundas podem produzir cicatrizes semelhantes às das queimaduras.
 
“Eu fui conhecendo a doença através do tempo, lendo e estudando. O nosso Estado mesmo é muito leigo neste assunto, não tem muitos profissionais capacitados para lidar com a doença. E é isso, cuidado, dedicação, amor, carinho e ajuda das pessoas. É um tratamento caro, se for colocar na ponta da caneta, gastamos quase R$ 15 mil por mês”, revela a mãe de Serginho.
 
De quatro em quatro meses, a família tem de ir para São Paulo, onde o garoto faz tratamento. “Até 2010 ele não comia nada, conseguimos uma cirurgia lá e resolvemos este problema. As passagens são via TFD (Tratamento Fora de Domicílio). Eles oferecem uma pequena ajuda de custo, só que isso não é no ato da ida, chega demorar 120 dias para reembolsarem. Também gastamos com hospedagem, tem um abrigo lá, mas ele pegou trauma depois de uma criança machucar ele”, acrescentou Rita.
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