O vereador Toninho de Souza (PSD), autor da nona assinatura que permitirá a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), disse ter tido uma conversa sobre o assunto com o gestor e que ele não recebeu bem a novidade.

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O parlamentar que era da base de sustentação do prefeito afirmou que por questão de respeito quis conversar com ele antes de comunicar oficialmente que assinaria a favor da abertura da CPI. A nona assinatura dá legitimidade para a instauração do processo.

“Eu comuniquei isso no plenário, comuniquei ao líder, comuniquei ao presidente da Câmara e fui ao prefeito, colocar a ele a nossa decisão. É lógico que isso não foi bem recebido por que acho que não era o caminho que o prefeito esperava, mas ele precisa respeitar também a minha posição”, disse.

Ainda conforme o social-democrata, a decisão de assinar a CPI não é de julgamento e sim de esclarecimento. Ele também destacou que não há nenhum interesse político por parte dos vereadores que estão a favor da investigação.

A CPI será instalada depois da leitura em Plenário na próxima terça-feira, dia 14. 

“Deixei muito claro em todas as situações que essa não é uma atitude de julgamento. Não sai da base para vir para trincheira de enfrentamento com o prefeito. Ninguém aqui da Câmara quer isso. Ninguém aqui tem o interesse político e só esperamos os esclarecimentos. Se o prefeito esclarecer, a situação será resolvida e colocaremos uma pedra nisso para caminharmos para frente”, pontuou.

Sobre uma possível escolha sua para ser o relator da comissão, Toninho afirmou estar preparado, por estar cumprindo o seu terceiro mandado na Casa de Leis e por já ter passado por outras CPIs.

“Eu assinei esta CPI sem nenhuma condicionante, não fiz nenhuma exigência. O presidente é o Marcelo Bussiki, autor do projeto. Se eu for escolhido para participar ativamente da CPI me sinto preparado. Até por que estou no terceiro mandado, já participei de outras investigações dentro do parlamento, conheço razoavelmente o regimento interno e tenho a sensatez, além do apoio da população para este trabalho”, finalizou.

A proposta de CPI foi feita por Marcelo Bussiki dias depois dos vídeos em que deputados estaduais da gestão passada, incluindo o atual prefeito de Cuiabá recebendo propina paga pelo ex-governador Silval Barbosa ser divulgado em rede nacional. As imagens foram anexadas a delação premiada do ex-chefe de gabinete do ex-governador.

Além do voto de Bussiki, também foram a favor da comissão os vereadores Felipe Wellaton (PV), Abílio Júnior (PSC), Joelson Amaral (PSC), Dilemário Alencar (PROS), Gilberto Figueiredo (PSB), Eliseu Nascimento (PSDC), Diego Guimarães (PP) e Toninho de Souza (PSD).