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Prefeito crê em ilegalidade de CPI, mas afirma respeitar decisão da Câmara de Cuiabá

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que deve ser oficializada e instaurada a partir da próxima semana, disse entender que o objeto de investigação é ilegal. Ele também afirmou que respeita a decisão dos vereadores e se preocupa com a governabilidade do município.

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Em entrevista ao Olhar Direto no lançamento do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Osmar Cabral, na manhã desta quinta-feira (9), o prefeito comentou que assim como a maioria dos vereadores da sua base acredita que a Câmara não tem condições para conduzir esta investigação.

“Temos um entendimento da possível ilegalidade do objeto da proposta oriundo da Câmara Municipal, mas mesmo com esse entendimento, isso não nos tira o direito de não respeitar os vereadores e a sua autonomia. Minha preocupação é a governabilidade que não pode ser afetada. Cuiabá está acima de tudo e é o meu foco”, afirmou.

O prefeito ainda afirmou estar tranqüilo com as três últimas assinaturas a favor da proposta de CPI para investigá-lo que foram feitas por parlamentares da base.

“Vejo com tranqüilidade, a Câmara é o poder legislativo e é independente. A Câmara tem uma relação de harmonia com o poder executivo e foi uma decisão interna. Eu respeito a autonomia dos vereadores e vamos aguardar”, disse.

O projeto de CPI feito pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) foi apresentado em plenário dias após o vídeo em que Emanuel Pinheiro, na época deputado estadual, além de outros parlamentares da gestão passadas recebendo dinheiro do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) ser veiculado em rede nacional. O vídeo está anexada a delação premiada de Barbosa.

A princípio a CPI foi rejeitada pela maioria dos vereadores e as onze assinaturas, duas a mais do que as nove necessárias para abrir o inquérito foram confirmadas somente nesta semana, dois meses depois.

O procedimento será formalizado em plenário na sessão da próxima terça-feira (14) e a mesa diretora terá que cumprir o prazo de 24 horas para instalar a CPI. 
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