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Gustavo de Oliveira decide deixar Secretaria de Fazenda; Taques ainda não tem substituto

Da Redação - Wesley Santiago e Ronaldo Pacheco

Após dias no noticiário, com direito a desmentido do governador José Pedro Taques, o secretário Gustavo Oliveira confirmou que vai mesmo deixar a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), nesta sexta-feira (22). Ele vai reassumir os negócios da família e organizar seu grupo para disputar o comando da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt),
 
A reportagem do Olhar Direto já tinha antecipado a saída de Gustavo de Oliveira, que lembrou da necessidade de cuidar os negócios privados. “Estou longe dos há três anos e, agora, necessito cuidar dos negócios da família. Aqui [na Sefaz] missão encerrada”, ponderou ele, que se tornou coringa da gestão Pedro Taques – foi secretário do Gabinete de Projetos Estratégicos, de Planejamento e, enfim, da Fazenda.

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Pedro Taques confirmou a saída, mas ainda não escolheu o substituto. “Já tínhamos combinado com Gustavo de Oliveira, em dezembro de 2016, de que ficaria até dezembro [de 2017]. Ele tem outra missão ano que vem”, justificou Taques, nesta quinta-feira (21).
 
Gustavo de Oliveira é o terceiro titular da Sefaz a deixar o cargo, em três anos de governo Taques. Antes dele, na atual gestão, foram titulares da pasta Ricardo Brustolin e Seneri Paludo. Oliveira assumiu a Sefaz em dezembro de 2017.  
 
A saída de Gustavo de Oliveira era dada como certa por alguns dos principais aliados e coordenadores de sua campanha à presidência da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), desde o final de novembro, em pleito marcado para fins de outubro de 2018. Em grupos de empresários, nas redes sociais, ele admitiu que a decisão sobre a demissão ou permanência, na Sefaz, estava próxima.
 
Recentemente, Gustavo desconversou sobre concorrer a vaga e recorreu ao que considera respeito à sua vida pessoal, para fugir da resposta direta: “Nem pré-candidato a nada. Sou candidato a organizar a minha vida”, resumiu.
 
Na noite de segunda-feira (18), após se reunir com o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), no Palácio Alencastro, Pedro Taques tinha negado a demissão de Gustavo de Oliveira, da Sefaz. Ele lembrou que a caneta que nomeia e demite é do governador e nada tinha sido discutido sobre o tema.
 
Na ocasião, as possíveis saídas dos secretários de Estado de Planejamento, professor Guilherme Müller; de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone Júnior;  e de Comunicação, jornalista Kleber Lima, também foram negados recentemente por Pedro Taques.   
  
Gustavo de Oliveira deve contribuir com Taques, na definição do seu substituto.  Ele avalia que deixa o cargo em situação melhor do que recebeu, embora tenha enfrentado grave crise econômica e de fluxo de caixa, provocando atrasos e escalonamento de salários dos servidores públicos, pela primeira vez em mais de duas décadas.
 
A atuação de Gustavo foi decisiva na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos a partir de 2018, a chamada PEC do Teto de Gastos – Emenda 10/2017, aprovada em novembro. Dos principais desafios, Gustavo não conseguiu emplacar a reforma tributária de Mato Grosso.
 
 
  
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