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Max revela que governo de MT fez pagamento emergencial de R$ 10 mi para assegurar comida aos presos

Da Redação - Ronaldo Pacheco

A garantia de alimentação nas unidades prisionais de Mato Grosso, neste início de 2018, obrigou a equipe econômica do governo Pedro Taques a uma autêntica “engenharia financeira” com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejud), nesta quinta-feira (4), para pagar mais de 20 empresas fornecedoras de comida para os presos. Na última quarta-feira (3) teria ocorrido “panelaço” em mais de metade das penitenciárias e casas de detenção mato-grossenses.

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Embora o governo não reconheça a ocorrência, o secretário-chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB), confirmou que o governo acelerou o pagamento emergencial de mais de R$ 7 milhões, nesta quinta-feira (4), para as mais de 20 empresas fornecedoras de alimentos às unidades prisionais.  No final de dezembro, a Sejudh já havia pago cerca de R$ 3 milhões, chegando a R$ 10 milhões, em uma dívida estimada em quase R$ 15 milhões.

“O atraso não era desde julho. Tínhamos pago R$ 3 milhões em dezembro, porque são mais de 20 empresas fornecedoras [de alimentos para os presos]. O governo pagou R$ 3 milhões em dezembro e, agora, mais R$ 7 milhões, por determinação do governador [em exercício] Carlos Fávaro”,  ponderou Max Russi.

“Então, da dívida total de quase R$ 15 milhões, faltam menos de R$ 5 milhões. O governo ainda não abriu orçamento 2018, mas brevemente vamos pagar o que estiver incluso como restos a pagar”, argumentou o titular da Casa Civil.

Mesmo assim, ele sustenta que as empresas erraram em suspender o fornecimento de comida aos presos, unilateralmente. “A empresa não pode fazer isso. Deixar de prestar o serviço, assim, sem avisar; tem que notificar o Estado para que sejam tomadas as providências. Eu não tive conhecimento disso [panelaço]”, emendou o titular da Casa Civil.

Max Russi lembrou que Goiás está enfrentando rebelião nos presídios por falta de verba, já que os recursos para presídios são escassos. “Estamos construindo um em Várzea Grande. Tivemos que aportar mais de R$ 1,4 milhão para efetivar 1,2 mil novas vagas em Várzea Grande”, complementou ele.
 
Na noite da última quarta-feira, os presos comeram o que se chama por trás das grades de pão esperto. É pão francês com salsicha ou mortadela.  

Sejudh nega

A Sejudh nega que tenha ocorrido o panelaço ou mesmo a distribuição de pão esperto, para substituir o jantar da última quarta-feira (3). Em nota, a Secretaria não cita qualquer valor, mas admite atrasos e pontua existir esforços para que os pagamentos sejam quitados.

A integrada da nota

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos esclarece que em nenhum momento houve qualquer interrupção, suspensão ou substituição na alimentação fornecida aos 11 mil presos custodiados no Sistema Penitenciário de Mato Grosso.
 
As empresas fornecedoras estão recebendo a quitação de valores atrasados, conforme a disponibilidade financeira do Governo do Estado que, mesmo diante da dificuldade de caixa, promoveu esforços para honrar estes compromissos.

Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso
 

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