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Hospitais filantrópicos cobram R$ 33 milhões de emendas e anunciam paralisação

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Os hospitais filantrópicos Santa Helena, Hospital Geral e Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá decidiram paralisar os atendimentos para novos pacientes nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s) a partir da próxima segunda-feira (15) por falta dos repasses por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e por contrapartidas da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

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O anúncio de paralisação foi confirmado pela Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (Fehosmt). De acordo com a presidente Elizabeth Meurer, a Santa Casa está sem receber pelos leitos de retaguarda desde o mês de março do ano passado e não tem mais condições de ter mais pacientes.

"Estamos devendo a prestadores de serviços, funcionários e não temos mais condições de comprar os medicamentos de alto custo. Precisamos pagar as dívidas para termos condições de trabalhar, porque não temos mais de onde tirar dinheiro", disse.

Meurer também relatou que os filantrópicos são responsáveis por 85% dos atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de Mato Grosso e a maior preocupação é o atendimento à população com qualidade e eficiência.

"Infelizmente viemos comunicar à população que necessita do atendimento pelo SUS que não temos outra saída a não ser a paralisação para que não haja comprometimento na qualidade do atendimento o que mais prezamos em nossas instituições", afirmou a presidente.

A presidente também destacou o acordo realizado com a Bancada Federal e o Governo de Mato Grosso onde seria destinado recursos das emendas parlamentares no valor de R$ 33 milhões para os Hospitais Filantrópicos. Segundo ela este valor acordado ainda não foi repassado apesar do empenho da bancada federal.

Nesta quinta-feira, a direção do hospital filantrópico Santo Antônio de Sinop também anunciou que irá fechar as portas na segunda-feira, caso o estado não pague os repasses atrasados no valor de R$ 9,4 milhões. De acordo com a Fehosmt, a Santa Casa de Rondonópolis também deve aderir a paralisação. 
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