Imprimir

Notícias / Picante

Nosso ‘bereré’

Da Redação

A nomenclatura bereré foi incorporada ao linguajar dos municípios da região Metropolitana de Cuiabá no submundo das rinhas de galo e em cassinos clandestinos de jogos de azar, no final da década de 1970. Na seqüência, na década de 1980 se tornou popular com o então governador Júlio José de Campos (DEM), para classificar a transferência de recursos para os municípios e poderes Legislativo e Judiciário. O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) não escolheu por acaso o nome da Operação Bereré. Autor de dicionário do linguajar regional, o professor William Gomes (in memorian) classifica bereré como “dinheiro de origem obscura ou suborno”. Já o historiador Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, da Academia Mato-Grossense de Letras (AML), em sua obra ‘Dicionário de Termos e Expressões da Gente Mato-Grossense’, possui definição similar – “Bereré: Dinheiro fácil; propina”. De qualquer forma, para a maioria da população de Mato Grosso, sem dúvida, orgulho maior seria não existir tal palavra.
Imprimir