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“Para mim, o RGA está equacionado”, afirma Pedro Taques sobre pressão do Bird para vetar reposição

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

A vantagem de refletir de um dia para outro antes da tomada de uma decisão importante é que sempre há uma noite no meio. E certamente o governador José Pedro Taques (PSDB) levou isso em consideração ao evitar bater o martelo com o Banco Mundial sobre a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos estaduais.
 
“Para mim, o RGA está equacionado. O Banco Mundial cobra uma discussão recomendatória  sobre  RGA, mas isso ainda não foi debatido firmemente conosco”, argumentou Pedro Taques, travando um claro jogo de pôquer, onde se pode blefar ou não, com a instituição susentada pelos países ricos.

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Independente da cobrança do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), para o chefe do Poder Executivo de Mato Grosso, por enquanto, a questão não tem volta. “Nós acertamos a RGA com os [sindicatos de] servidores e temos prazo para fazer isso. Pagamos 2015; pagamos 2016 e 2017. E, sim,  parcelamenos 2018”, citou o goverandor, para a reportagem do Olhar Drieto.
 
Contudo, a expectativa é de mais pressão do Bird para que Mato Grosso cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita os gastos com pessoal em menos de 45% das receitas correntes líquidas. “Estamos esperando uma resposta de Washington sobre as trativas que nós fizemos com o Bird. Eu não quero jantar antes de almoçar. Nós vamos primeiro ver o que o Banco Mundial vai nos apresentar e, depois, tomar uma decisão”, complementou Taques.
 
O governador lembrou que honrou todas as leis de carreira que foram aprovadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em 2014, na reta final da gestão do ex-governador Silval Barbosa. Ele afiançou que sua administração concedeu mais de 44% de aumento para os profissionais da educação, considerado os maiores índices do Brasil praticados desde a estabilização econômica (1994, Plano Real).
 
Em 2015 e, principalmente, em 2016, a equipe econômica da gestão Pedro Taques teve embates duríssimos com o Fórum Sindical, que respresenta 90% do funcionalismo público estadual. Já 2017 foi menos traumático, apesar de novas discussões sobre índices e parcelamentos.

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