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Ocupação da UFMT por estudantes contra aumento em restaurante completa uma semana

Da Redação - Vinicius Mendes

Um movimento de estudantes ocupa já há uma semana todos os campi da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em protesto contra o aumento no preço do Restaurante Universitário. Os alunos aguardam alguma resposta da Reitoria ou mesmo um diálogo, para que possam encontrar uma alternativa para solucionar o problema.

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Os estudantes afirmam que o movimento de ocupação e protesto contra o aumento não tem envolvimento com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, mas sim dos Centros Acadêmicos (CA).

No último dia 20, uma sexta-feira, os estudantes invadiram uma reunião na Reitoria, e receberam como resposta que a reitora Myrian Serra iria conversar com eles no dia 23, uma segunda-feira.

No entanto, no dia em questão não houve qualquer encontro com a reitora e os alunos fizeram o chamamento para a ocupação e na terça-feira (24) bloquearam a entrada na guarita que dá acesso à Avenida Fernando Corrêa. Na quarta-feira (25) bloquearam a outra guarita e desde então vê alternando a abertura das duas, para não prejudicar os cuidados aos animais do zoológico, por exemplo.

Entre 40 e 60 alunos ocupam o campus de Cuiabá diariamente. Alguns deles fazem revezamento e outros permanecem o tempo todo. Neste feriado prolongado eles promovem programações, para que os estudantes permaneçam no campus.

Desde a ocupação eles afirmam que não foram procurados pela reitoria para entrarem em diálogo. A reivindicação deles é que o preço do Restaurante Universitário não seja aumentado para R$ 5.

No dia do fechamento da guarita que dá acesso à Avenida Fernando Corrêa, a assessoria da UFMT informou que a reitoria tem mantido o diálogo com os estudantes e que tem realizado audiências públicas, em todos os campi, para escutar os alunos.
 
O aumento
 
As unidades do Restaurante Universitário da UFMT, nos cinco Câmpus, funcionavam com os valores de R$ 0,25 para café da manhã e R$ 1,00 para almoço e jantar, porque os valores eram subsidiados pela instituição em mais de 90% para estudantes.
 
De acordo com a UFMT, o orçamento para custeio e investimento do Governo Federal nas universidades vem caindo, ano a ano. O orçamento de 2017, comparado ao do ano anterior, teve redução de cerca de 38% nos recursos destinados ao capital, utilizado para realização de obras e aquisição de equipamentos, e de aproximadamente 4,5% na verba destinada ao custeio, referente a manutenção de despesas básicas.
 
A universidade havia comunicado que haveria uma ampliação do acesso gratuito aos estudantes que comprovem renda até 1,5 salário mínimo ao Restaurante Universitário (RU) e acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e da UFMT. Estudantes com renda superior pagarão o valor sem subsídio, que é R$ 5.
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