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Após decisão de reitora, estudantes decidem continuar ocupação de campus

Da Redação - Vinicius Mendes

Os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que ocupam os cinco campi no estado, devem continuar com a mobilização contra o aumento dos preços do Restaurante Universitário (RU), mesmo após a decisão da reitora Myrian Serra de manter o preço a R$ 1 até 31 de dezembro deste ano. Os estudantes afirmam que a ocupação e greve devem continuar até a reitoria aceitar negociar as pautas deles.

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A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) comunicou na noite desta terça-feira (15) que o aumento previsto para as refeições do Restaurante Universitário (RU) está suspenso até 31 dezembro deste ano.

Os estudantes, no entanto, afirmam que a reivindicação não é esta, que isto seria apenas um adiamento a implementação da proposta de aumento e por isso decidiram continuar com a ocupação.

Eles buscam uma alteração no modelo como o restaurante é administrado e, entre outras pautas, pedem uma auditoria no contrato com a atual empresa que presta os serviços. Os alunos criaram grupos de estudo e ainda elaboram propostas para que o RU seja estatizado.

Na última segunda-feira (14) o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aprovou a suspensão do calendário de todos os cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com data retroativa a 20 de abril. O professor que ministrar aulas ou aplicar provas durante este período estará irregular. Porém, para os projetos de pesquisa e pós-graduação o calendário continua.

Nesta terça-feira (15) os docentes da universidade discutiram a possibilidade de deflagração de greve da categoria em apoio aos estudantes e contra os cortes de recursos do ensino superior. O movimento não foi aprovado. Mesmo assim os estudantes afirmam que a greve e ocupação deve continuar até que a Reitoria negocie as pautas deles.
 
Hostilidade na ocupação
 
Os alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Campus de Cuiabá, se reuniram na noite do dia 8 de maio, na praça em frente ao RU, e votaram a favor da greve estudantil e pela permanência da ocupação no campus para reivindicar a permanência do preço no restaurante em R$ 1.
 
Porém, nem todos os cursos aderiram à greve. Os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Agronomia, por exemplo, continuaram com as aulas normalmente. Em outros cursos, como Medicina e Enfermagem, os estudantes aderiram à greve, mas não ocupam seus blocos.
 
Participam da ocupação os cursos de: Serviço Social, Ciências Sociais, História, Geografia, Filosofia, Pedagogia, Letras, Cinema, Jornalismo, Publicidade, Comunicação Social, Biologia, Saúde Coletiva, Direito, Engenharia de Minas, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Transportes, Engenharia da Computação, Engenharia Química, Geologia, Arquitetura, Engenharia Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária, Química, Física, Matemática, Estatística.
 
Alguns dos estudantes dos cursos que não aderiram ao movimento dizem estar sendo hostilizados. Entre ofensas e ameaças, eles também reclamam que seus blocos têm sido pichados pelos outros estudantes.
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