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Análise: Não foi só o árbitro de vídeo, seleção estreia mal mas nem tudo está perdido

Da Redação - Wesley Santiago

Xingamentos, frustração, tristeza e constatação. Esta é a sequência de ‘sentimentos’ enfrentada para se fazer uma análise de cabeça fria da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018, que terminou com um empate contra a Suíça, em 1 a 1. A equipe de Tite não jogou bem e o comandante da equipe também tem sua parcela de culpa, assim como o árbitro de vídeo, que deveria funcionar, mas não foi acionado.


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O primeiro tempo da seleção não foi de todo ruim. A equipe tomou as principais ações e conseguiu o seu gol com Philippe Coutinho, o único dos atletas de frente que teve um bom rendimento na partida. No segundo tempo, talvez por conta da tensão do primeiro jogo ou de um possível salto alto, a equipe recuou.
 
O gol sofrido, é bem verdade, teve uma falta não marcada em Miranda. O zagueiro foi deslocado pelo atacante adversário e não conseguiu subir. Mas a culpa não pode ficar apenas no juiz mexicano, que segundo a Fifa acertou no lance. Miranda deveria estar atrás do zagueiro, o cercando com os braços e evitando que ele subisse livre para atacar a bola.
 
Neymar, que pouco brilhou, foi caçado em campo, é verdade. Porém, a inteligência de um jogador do calibre dele deveria falar mais alto. O pensamento é o seguinte: Neymar recebeu uma, duas, três faltas. Toda vez que tentava se livrar de um marcador, era derrubado na sequência. O caminho mais inteligente seria o de toques curtos, triangulações com os companheiros, tabelas, para evitar que o jogo parasse. Isso iria garantir a continuidade das jogadas brasileiras.
 
Porém, Neymar decidiu enfrentar a defesa adversária. Por vezes, ganhou a disputa e novamente foi derrubado. A jogada acabava ali, com no máximo um cartão amarelo que de nada valia para o resultado e os tão procurados três pontos. Isto é ler o jogo, entender que uma seleção com um poderio maior teria de jogar coletivamente para enfrentar os desafios impostos.
 
Se Neymar não brilhou, Tite também pareceu ter sentido a sua estreia na Copa do Mundo. Colocar Renato Augusto, que há poucos dias estava machucado, não parece ter sido a decisão acertada. Ainda mais tendo em seu banco de reservas um jogador como Douglas Costa, capaz de ‘quebrar’ defesas adversárias. Mas vale ressaltar que a entrada de Firmino deu mais poderio ao ataque verde e amarelo.
 
O empate não é de todo ruim para a seleção, já que enfrentou o melhor adversário do grupo. O tropeço pode servir como um alerta para os brasileiros. Nome e peso de camisa não ganham mais jogo. Alemanha, Espanha, Argentina e até a França, que ganhou com dificuldades, sentiram isto. A missão de trazer o hexa ainda continua possível, mas é preciso fazer muito mais, assim como pensar o jogo, jogar com inteligência, pois como bem disse Tite em uma das suas entrevistas: “Na seleção não tem lugar para ‘burrão’”.

E você, o que achou da estreia da seleção brasileira? Ainda acredita no hexa? Conte nos comentários.
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