O MDB, partido com maior tempo de televisão, abandonou Wellington Fagundes (PR) para apoiar Mauro Mendes (DEM) e não pediu para indicar ninguém na chapa majoritária. O movimento aparentemente não faz sentido, mas se justifica nas informações de bastidores que circulam após a amarração conduzida pelo deputado federal Carlos Bezerra (MDB). Mestre no xadrez político, Bezerra teria pedido em troca do apoio nesta eleição quatro secretarias e nada menos que duas cadeiras de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e uma de desembargador. Uma das vagas no TCE seria para a esposa dele, Teté Bezerra, que há muito tempo quer ser conselheira. Já a indicação para o judiciário seria viabilizada por meio do quinto constitucional, mecanismo que confere 20% dos assentos nos tribunais para advogados e promotores, que não se submetem a concurso público de provas e títulos e cuja nomeação é feita pelo Executivo a partir de  votação de lista tríplice.