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Estratégia de Taques para beneficiar ex-secretários desagrada aliados e pode gerar debandada

Da Redação - Lucas Bólico

O governador Pedro Taques (PSDB) elegeu como prioridade fazer pelo menos um deputado federal de sua estreita confiança. Para isso, traçou a estratégia de dividir a chapa governista, o que desagradou aliados e pode provocar uma debandada de última hora. Nem o PSL, de Selma Arruda e Victório Galli, está satisfeito

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A ideia do governador é colocar Marco Marrafon (PPS) e Luis Carlos Nigro (PSDB) juntos para que pelo menos um de seus ex-secretários vença a eleição. O plano, no entanto, desagrada tanto partidos da ‘Frentinha’ quanto Solidariedade e o PSL, que indicou Selma Arruda ao Senado na coligação de Taques.
 
PSL, Solidariedade e ‘Frentinha’ desejam um chapão com todos partidos, para que o grupo faça o maior número de deputados federais possível. A leitura feita pelo pré-candidatos é que a divisão prejudica, por exemplo, a reeleição de Victório Galli (PSL) e o projeto de Dr Leonardo (SD), visto que dificilmente a chapa dividida alcançaria quociente suficiente para eleger dois federais. No chapão, Galli e Leonardo tem muito mais chances. Nigro e Marrafon, não.
 
Reunião recente realizada com o governador não acalmou em nada os ânimos. Fonte ligada à Frentinha confidenciou à reportagem que além de a estratégia ferir o interesse de aliados, a maneira com a qual Taques tratou os partidos menores foi vista como grosseira e desrespeitosa.
 
Com PSL e Solidariedade o clima segue desfavorável. O partido de Galli só aderiu ao projeto governista sob muita insistência de Taques em ter Selma ao seu lado. Já Doutor Leonardo tendia a enfrentar uma reeleição tranquila à AL, mas foi conclamado por Taques a se lançar a federal. A impressão que os dois partidos têm é que foram buscados pelo governador e em cima da hora estão sendo abandonados à própria sorte.
 
Dirigente da ‘Frentinha’ prevê que se mantiver essa estratégia, Taques pode perder até seis partidos. Antes de qualquer decisão, os insatisfeitos com Taques ainda observam possíveis mudanças de cenário de última hora. Se PP e PTB, por exemplo, aderirem à campanha de Mauro Mendes como vem sendo especulado há alguns dias, SD e PSL podem acabar migrando também para a chapa Democrata. Pedro Taques teria de encontrar outro nome para o Senado. 
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