Imprimir

Notícias / Política MT

Marrafon contraria Taques e afirma que crise na chapa proporcional ainda não está sanada

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O presidente do Partido Popular Socialista (PPS), Marco Marrafon, contrariou o ainda aliado Pedro Taques (PSDB), que afirmou em sua chegada na convenção do PSDB, neste domingo (05), que a crise envolvendo a composição para chapa proporcional da coligação está sanada. Marrafon explicou que as conversas seguem e uma definição deve sair até o fim desta tarde. Durante o seu discurso, o tucano evitou citar a sigla.

Leia mais:
Pedro Taques dá como resolvida crise com chapa proporcional
 
“Já havia bastante conversa ao longo da semana acerca dos alinhamentos. O PPS se achou prejudicado, mas está conversando para fazer o alinhamento. Fizemos a convenção e estamos aguardando. Ainda estamos discutindo, faz parte do processo, é natural”, explicou Marrafon na saída da convecção. Atualmente, a proposta seria que a chapa federal seria composta com PSDB, PPS, PSB e Patriotas. Já para Estadual, se uniriam PPS, PSB e PSL.
 
A ideia, conforme Marrafon, é que a chapa é mediana, com bons nomes: “Mas não é chapa de pessoas que têm muita estrutura ou campanhas poderosas. Precisamos compor com nomes que possam proporcionar possibilidade de eleição. Temos dialogado com o PSL e o PSB para estadual. Federal, provavelmente feche com o chapão”.
 
“Decidimos, como as conversas estão continuando, que eu viria representando o partido, demonstrando a nossa intenção de continuar na coligação, mas temos que nos reunir para fazer os alinhamentos. Vamos estudar para ver o que vai fazer (caso não dê certo). Mas estamos confiantes no alinhamento”, concluiu o presidente do PPS. Ele ainda estimou que até o fim desta tarde o martelo será batido.
 
O candidato ao Senado, Nilson Leitão (PSDB), também comentou na saída da convenção que as conversas entre as partes continuam.
 
Em uma chegada tumultuada, Pedro Taques havia dito que a crise na chapa proporcional já teria sido resolvida. Com poucas palavras, o chefe do Executivo agradeceu ao presidente dos partidos aliados e disse que o objetivo agora é seguir em frente e “dar esperança ao povo do Estado”.
 
Porém, durante o seu discurso, Pedro Taques citou vários partidos que estão compondo a sua chapa. Porém, não colocou o PPS entre eles, limitando-se a dizer apenas que “continuamos conversando com outros dois partidos, que com certeza estarão juntos conosco nesta caminhada”.
 
A confusão toda se deu no entorno da composição para chapa proporcional da coligação. Os recuos de Rui Prado (PSDB) e Luis Carlos Nigro (PSDB) da candidatura a federal agravaram a crise.
 
Membros do PPS ameaçam abandonar a aliança. Por conta disto, houve uma reunião nesta manhã para tentar contornar a crise. A leitura dos filiados é que o recuo de Prado e Nigro faz a chapa perder a projeção de cerca de 80 mil votos, inviabilizando o bloco.
 
PSL, Solidariedade e Frentinha
 
Conforme noticiou Olhar Direto no sábado, a crise das chapas proporcionais se estende à ‘Frentinha’, PSL e Solidariedade. Isso porque o PSDB adotou a estratégia de dividir o “chapão” e colocar PSL e Solidariedade de um lado e PSDB e PPS do outro. Para alguns aliados, o plano prejudica a candidatura a reeleição de Victório Galli (PSL) e Doutor Leonardo (Solidariedade).
 
PSL, Solidariedade e ‘Frentinha’ desejam um chapão com todos partidos, para que o grupo faça o maior número de deputados federais possível. Reunião recente realizada com o governador não acalmou em nada os ânimos. Fonte ligada à Frentinha confidenciou à reportagem que além de a estratégia ferir o interesse de aliados, a maneira com a qual Taques tratou os partidos menores foi vista como grosseira e desrespeitosa.
Imprimir