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UPA Pediátrica e UTI Neonatal da Santa Casa são fechadas por falta de médicos

Da Redação - Fabiana Mendes

Depois de passar cerca de 30 dias em greve, devido a atrasos em três folhas de pagamento dos funcionários, a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá também deixou de atender os pacientes da Unidade de Pronto Atendimento infantil (UPA) e da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, por falta de médicos. A assessoria afirmou que vários médicos pediram demissão da unidade. Por enquanto, somente os atendimentos de crianças em situação estável estão sendo realizados.

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Nesta segunda-feira (3), o Serviço de Atendimento Pediátrico do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), no bairro Alvorada, também fechou as portas por falta de profissionais. Cerca de 70 crianças eram atendidas diariamente no local.
 
O Hospital, por meio da assessoria de imprensa, disse que a suspensão dos atendimentos infantis ocorreu na tarde de ontem. A medida foi necessária para que a UTI Neonatal não fosse fechada, pois não há profissionais para atuarem nos dois setores. Por conta do período eleitoral, não é possível fazer a contratação de novos profissionais.
 
O déficit de profissionais ocorre devido à quantidade de aposentadorias. Um levantamento apontou que nos últimos seis meses, 26 profissionais eram afastados por dia, por conta de atestados diversos. Além disso, outras 80 aposentadorias aconteceram no mesmo período. Somente em agosto, por exemplo, 20 médicos se aposentaram, sendo 13 deles cirurgiões.
 
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre à paralisação do atendimento do setor pediátrico do Hospital Júlio Muller informou que está articulando para absorver a demanda que deixará de ser atendida. A princípio, os pacientes poderão se realocados para a Santa Casa. Os pacientes também podem procurar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e policlínicas.

Greve
 
Alegando falta de repasses do Executivo Municipal e Estadual, a Santa Casa de Misericórdia ficou em greve por cerca de 30 dias. A dívida da Prefeitura seria de R$ 2 milhões e do Governo de R$ 18 milhões, porém as duas entidades afirmam que os pagamentos estão em dia. A unidade que realiza 900 cirurgias por mês, também não recebe novos pacientes. Os enfermeiros, médicos e funcionários em geral estariam há quase três meses sem receber. Após um acordo, as pastas Estaduais e Municipais decidiram repassar R$3 milhões cada para a unidade.
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