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Mendes diz que greve pode deixar Estado em situação catastrófica e pede compreensão a servidores

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Trabalhando na transição para assumir o comando do Estado a partir de janeiro, o governador eleito Mauro Mendes (DEM) deixou claro que sua gestão precisará do apoio e da compreensão de todos os mato-grossenses, e principalmente dos servidores públicos, devido a grande quantidade de dívidas acumuladas.

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Para o empresário, uma greve de servidores neste momento, devido a possível falta de pagamento da parcela do Registro Geral Anual (RGA), como cogitado, pode deixar Mato Grosso em uma situação mais catastrófica do que já está.

“Se tiver greve, isso piora ainda mais a situação do Estado. De repente pode comprometer ainda mais as finanças de Mato Grosso, agravando ainda mais aquilo que já é crítico. A situação do estado é absolutamente crítica. O estado deve para Deus e todo o mundo. Não pode aumentar ainda mais a sua despesa”, disse o democrata antes de reunião com o atual governador Pedro Taques (PSDB).

O governador eleito ainda avaliou que o servidor deve ser pago, porém precisa ter compreensão de que Mato Grosso não está conseguindo pagar nenhum de seus credores e fornecedores com o dinheiro que está arrecadando no mês.

“Eu disse que o RGA pode, e deve ser pago desde que o Estado tenha condições para isso. Os próprios servidores tem que saber se tem ou não a condição. Se não está conseguindo arrecadar no mês aquilo que paga no mês, como é que vai aumentar ainda mais as despesas do mês?”, questionou.

Indagado por jornalistas sobre a possibilidade de o Estado pagar ainda neste mês a parcela de aproximadamente R$ 15 milhões do RGA para o funcionalismo público, Mendes explicou que não teve acesso a todos os números, todavia revelou não estar otimista quanto a este pagamento.

“Eu não tive ainda todas as informações necessárias, mas as informações preliminares que temos mostra claramente que o estado hoje tem enorme dificuldade financeira e não tem condição de fazer nenhum tipo de aumento de despesa, por que não vai honrar com estes compromissos”, avaliou.

“Os números são extremamente preocupantes. Mato Grosso hoje deve para centena de fornecedores, deve aos poderes, deve aos municípios e não consegue arrecadar no mês a despesa que tem no mês. A cada mês que passa vai ficando contas para trás. Então se aumentarmos mais ainda a despesa vai ficar mais gente sem receber, inclusive o próprio servidor público, por que é o que já tem acontecido e provavelmente o aumento de despesa piora o cenário econômico do Estado de Mato Grosso”, finalizou.

Nesta semana, o Governo do Estado sinalizou que não terá condição de cumprir com o acordo firmado com os servidores públicos de pagar a primeira parcela do RGA referente ao ano de 2018. De acordo com a secretaria de Fazenda, um eventual pagamento comprometeria a folha salarial de outubro, que deve ser quitada no dia 10 de novembro.

Em resposta, o Fórum Sindical anunciou que caso o governador não cumpra com o acordo a categoria pode iniciar uma greve geral a partir da semana que vem.
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