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Empresário e dois pilotos são presos pela PF; sete estão foragidos de ação contra o tráfico

Da Redação - Fabiana Mendes

A "Operação Escalada" deflagrada na manhã desta terça-feira (6) pela Polícia Federal prendeu um empresário do ramo de locadora de veículos e dois pilotos de avião, sendo um em Corumbá (MS) e outro em Araputanga (a 345 quilômetros de Cuiabá), que foi ouvido na manhã de hoje (7), na Delegacia da Polícia Federal, em Cáceres (a 222 km de Cuiabá) a respeito das investigações.

Das 18 ordens de prisões, 11 foram efetivamente cumpridas, segundo a Superintendência em Mato Grosso. Dos sete foragidos, quatro se encontram na Bolívia, segundo apurou a reportagem.

Conforme a PF, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que usava aviões e veículos em nome de pessoas que sequer existiam para a prática do tráfico internacional de cocaína.

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As investigações se iniciaram há aproximadamente dez meses e estavam baseadas em Cuiabá. A droga era obtida na Bolívia e trazida para o país, a partir da fronteira da Bolívia com o Estado de Mato Grosso, sobretudo por meio de aeronaves que pousavam em pistas clandestinas em variados pontos do Estado. Posteriormente a droga era ocultada e embarcada em caminhões em fundos falsos a fim de ser transportadas tendo como principal destino o Estado de São Paulo.
 
A PF também observou que organização criminosa movimentava grande parte de recursos financeiros e da parte de logística para o transporte da droga com a aquisição de veículos e aeronaves em nome de pessoas que sequer existem.

Durante a fase de investigações, foram lavrados oito autos de prisão em flagrante que resultaram na prisão de nove pessoas.

As ações, ainda em andamento, ocorrem em Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antonio de Leverger, Poconé, Cáceres, Rondonópolis, Alto Araguaia, Corumbá/MS, Manaus/AM, Paulinia/SP, Bauru/SP, Uberlândia/MG, Vilhena/RO.

Até o momento foram realizados dois autos de prisão em flagrante em razão da apreensão de armas de fogo não registrada e munições, inclusive de uso restrito, dinheiro, jóias e dezenas de veículos.
 
A 7º Vara Federal Criminal em Cuiabá/MT determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens.

O nome da operação é em razão de alguns dos principais investigados terem experimentado um grande aumento patrimonial em tempo reduzido sem qualquer ocupação lícita que as justifique, tais como uma cobertura em apartamento de luxo e imóvel e apartamento de luxo em Cuiabá.
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