Imprimir

Notícias / Política MT

Defensor de enxugamento, Pivetta diz que nova gestão irá cancelar convênios superfaturados

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O vice-governador eleito Otaviano Pivetta (PDT) garantiu que o Estado não irá admitir corrupção e nenhuma obra superfaturada a partir do ano que vem. De acordo com o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, no caso de a nova gestão identificar problemas de sobre-preço, os convênios vão ser cancelados.

Leia também
Pivetta e prefeito de Lucas do Rio Verde "batem boca" em rede social após acusação de superfaturamento


Na semana passada, o próprio vice-governador usou uma de suas redes sociais para publicar denúncia da obra de uma escola estadual na cidade de Lucas do Rio Verde, que em sua opinião está com o valor superfaturado.

A publicação rendeu um bate boca via rede social com o prefeito do município, Luiz Binotti (PSD), que em sua resposta disse preferir não entender que a indireta foi direcionada a ele, e aproveitou para explicar que a obra está parada por falta de repasses do Governo Estadual.

Em entrevista a imprensa nesta semana, Pivetta voltou a falar sobre o assunto e garantiu que o valor de R$ 7,1 milhões destinado a construção da Escola Estadual Tarsila do Amaral, localizada no bairro Bandeirantes, em Lucas do Rio Verde, está superfaturado.

“Eu passei por lá no domingo, tinha uma placa e fui procurar ver o que era. Ai eu vi que era uma placa de uma escola superfaturada. Eu apenas tirei uma foto como eu faria em qualquer outra cidade. Aliás é uma das coisas que eu vou fazer, zelar pela boa aplicação do dinheiro público. Aquela escola está prevista com 16 salas de aula com o preço de mais de R$ 7 milhões”, explicou o futuro vice-governador.

“Isso custa R$ 440 mil por sala e este valor dá para fazer uma casa com 220m² com acabamento de luxo. Existem hoje mais de 200 mil crianças em escolas ruins em Mato Grosso. Com ambiente malcheiroso, sem ambiência nenhuma, sem refrigeração e sem condições das crianças estudarem. Então eu defendo que primeiro vamos construir escolas dignas e para isso precisamos de R$ 120 a R$ 130 mil por sala, não mais do que isso para ser uma escola digna e ofereça ambiência. No dia que formos um estado rico vamos fazer escolas de luxo, mas não com valor superfaturado”, analisou.

Apesar de garantir que a escola em Lucas do Rio Verde está com o valor superfaturado, Pivetta disse que não fará uma denúncia ao Ministério Público. Ele explicou, no entanto que caso sua equipe, através de estudos, comprove o sobre-preço na construção, o convênio será reduzido ou até cancelado a partir do ano que vem..

“Eu já fiz o meu papel, nunca fui de denunciar. Apenas publiquei uma anomalia flagrante e nossa equipe está procurando saber quantas escolas neste valor existem. Nós vamos procurar fazer um diminutivo para estes convênios ou cancelar”, concluiu.
Imprimir