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Pagando o pato
Da Redação
Acaba a eleição estadual em Mato Grosso e já virou rotina: descontentes com a ausência de apoio do agronegócio no processo eleitoral começam a ligar as metralhadoras para se vingar. Para refrescar a memória, em 2014, na primeira sessão na Assembleia Legislativa após as eleições, o candidato derrotado ao Governo do Estado, deputado José Riva, esbravejou contra o agronegócio e propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta sonegação fiscal em negócios ligados aos apoiadores do governador eleito Pedro Taques. Quatro anos depois, pouco após a eleição, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e o senador eleito Jayme Campos (DEM) levantaram a bandeira de taxar o agronegócio, com o único objetivo de atingir alguns representantes do setor. Ambos já tiveram, no passado, apoio do agronegócio nas eleições e neste ano, não. Coincidentemente, os dois eleitos não tiveram uma eleição fácil e correram o risco de ficarem sem uma cadeira. Agora o agronegócio pode ser retalhado pelos resultados das eleições.