Imprimir

Notícias / Política MT

Botelho prevê 8 anos para MT recuperar capacidade de investimento e vê déficits desde Blairo

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), declarou que os problemas de gestão que ocasionaram o caos financeiro que Mato Grosso vive atualmente iniciaram ainda na gestão do ex-governador Blairo Maggi (PP). O deputado também prevê que o equilíbrio das contas do Estado e a recuperação da capacidade de investimento devem acontecer somente daqui a oito anos, caso os projetos apresentados por Mauro Mendes (DEM) seja aplicado com sucesso.

Leia também
Deputados prometem travar pautas na AL em defesa de servidores públicos


Em reunião com o governador Mauro Mendes no Palácio Paiaguas nesta terça-feira (8), Botelho recebeu a informação de que o rombo nas contas do Estado é de aproximadamente R$ 4 bilhões, números que também foram apresentados aos servidores públicos, que terão salários escalonados nos primeiros meses da gestão.

Para Botelho, se o Estado seguir o planejamento de enxugar os gastos públicos e continuar aumentando a sua arrecadação, como Mendes tem projetado, as contas do Estado podem ser equilibradas nos próximos quatro anos, com a previsão de realizar novos investimentos em oito anos.

“Estamos vivendo momento em que o estado chegou a ponto de colapso. Nós estamos com um rombo nas contas de quase R$ 4 bilhões. É bem mais do que a gente esperava, então temos que fazer um plano de recuperação do Estado e isso vai levar tempo. Precisamos de recuperação de receitas para conseguir equilibrar essa despesa ao longo de dois à quatro anos e um projeto a longo prazo para que daqui há oito anos o estado possa ter capacidade de investimento. Do jeito que está indo, essa vai ser a situação”, disse o deputado.

O parlamentar também avaliou que o erro de administração financeira iniciou durante a gestão do ex-governador Blairo Maggi e se tornou uma bola de neve até o governo de Pedro Taques, que sofreu em todo seu mandato com uma despesa maior que a arrecadação.

“Nós precisamos unir forças e entender a situação porque esse problema não é de Pedro Taques. Este problema começou lá no Blairo Maggi. Esses déficits do Estado começaram lá, ele fundou a conta única jogando tudo pra dentro e começou essa ‘enrolação’. Ele deve ter arrumado um secretario de finanças lá atrás muito esperto, que enrolou o Blairo. No governo Silval isso foi se acumulando e aí não se tomou providência e continuou. O Pedro Taques tomou essa bola... Nós precisamos achar verdadeiramente um plano para resolver a situação e esse projeto só vai ser resolvido se todo mundo tiver engajado nele”, explicou.

Estudando a real situação financeira do Estado desde que tomou sua posse, na semana passada, Mauro Mendes já começou a tomar medidas enérgicas para evitar gastos, como exonerações de funcionários comissionados e o escalonamento dos salários dos servidores públicos e o parcelamento do 13° que ainda não foi pago.

Nesta quarta-feira (9), Mendes irá a Assembleia Legislativa apresentar a todos os deputados os projetos que pretende mandar para a casa ainda neste mês de janeiro.
Imprimir