Estudo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobre Banco do Brasil, Caixa Econômica e os cinco principais bancos privados mostra que a diferença entre as taxas de juros dos bancos privados e as das instituições do governo quase triplicou nos empréstimos a empresas, informa Verena Fornetti na edição deste domingo da Folha de S. Paulo.

A diferença de taxas médias de juros para pessoas físicas e jurídicas subiu de 9,8 para 14,1 pontos percentuais em oito meses. No início da crise, BB e Caixa cobravam em média juros de 37,5% ao ano, e os bancos privados, 47,3%. Em junho, a média dos bancos públicos caiu para 29%, contra 43,1% nas privados.

Segundo a Fiesp, pequenos e médios empresários começam a deixar bancos privados atrás dos juros mais baixos das instituições públicas. O estudo diz que, caso os empresários tivessem pedido recursos somente para os bancos privados, teriam gasto R$ 7,2 bilhões a mais em despesas com juros.