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Acusado de liderar organização criminosa de sonegação de impostos é assassinado em bairro nobre

Da Redação - Isabela Mercuri

O empresário Wagner Florencio Pimentel, acusado de liderar organização criminosa que sonegava impostos na venda interestadual de grãos, foi assassinado na noite do último sábado (9), por volta das 22h26, em seu carro no bairro Jardim das Américas.

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De acordo com informações do Boletim de Ocorrências, a Polícia Militar (PM) foi acionada para comparecer ao local, onde encontrou a vítima dentro do carro, um Renault Sandero branco, com o corpo todo ensanguentado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e constatou o óbito por arma de fogo. A Politec encontrou cinco cápsulas calibre 9mm no local. Além disso, foram localizados R$1600 dentro do carro, e uma sacola com vários envelopes.
Wagner era investigado pela “Operação Crédito Podre”, conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), que apontava fraudes na comercialização interestadual de grãos (milho, algodão, feijão, soja, arroz, milho, sorgo, painço, capim, girassol e niger), com sonegação de mais de R$ 140 milhões em ICMS (imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços).

Ele chegou a ser preso, mas foi solto no dia 9 de julho de 2018, quando passou a usar tornozeleira eletrônica e ficou proibido de entrar na sede da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), manter contato com os demais acusados e com as testemunhas arroladas pelo Ministério Público e se ausentar do Estado sem autorização do juízo. Ele deveria cumprir recolhimento domiciliar no período noturno (entre 20h e 06h) e nos finais de semana e feriados de forma integral. 

A operação ‘Crédito Podre’ foi deflagrada no dia 7 de dezembro de 2017 pela Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Fazendária, em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). As investigações da Polícia Judiciária Civil levantaram que mais de 1 bilhão de grãos saíram do Estado de Mato Grosso, sem o devido recolhimento do ICMS, deixando prejuízo estimado em R$ 143 milhões, entre os anos de 2012 a 2017.
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