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Renivaldo agride Abílio em nova confusão durante sessão sobre taxação do Uber; veja

Da Redação - Wesley Santiago

Os vereadores Renivaldo Nascimento (PSDB) e Abílio Junior (PSC) voltaram a se estranhar durante a sessão plenária, ocorrida nesta quinta-feira (14), que versa sobre a taxação de aplicativos de transporte similares a Uber. Renivaldo desferiu um soco que atingiu a mão e o tablet de Abílio, que havia o chamado de mentiroso alguns instantes antes. Os ânimos foram novamente apaziguados pelos colegas.

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A confusão voltou a se instalar após o vereador Toninho de Souza (PSD) chamar o vereador Abílio de palhaço. Ele ficou revoltado e pediu direito de resposta. O presidente da Casa, Misael Galvão, ameaçou chamar a Polícia Militar para retirar Abílio do local. Porém, tudo se acalmou novamente quando Toninho resolveu pedir desculpas e dar um abraço no colega.


 
Porém, Renivaldo novamente voltou à tribuna e voltou a usar o termo que Toninho havia usado. “Aqui tem muita gente que parece palhaço. Aquele que se achar, coloque a carapuça. Não peço desculpas para ninguém aqui”.
 
Irritado, Abílio novamente voltou ao microfone e disparou contra Renivaldo. “O senhor é mentiroso Renivaldo. Está mentindo. Em São Paulo, não se cobra taxa de vistoria de R$ 155 para os Ubers. Se disse isto, está mentindo, o senhor é mentiroso”.
 
Após a fala, Abílio desceu da tribuna e foi até Renivaldo para mostrar a legislação vigente. Irritado, o vereador tucano então deu um soco, que uma parte da mão e o tablet que era segurado por Abílio. Outros parlamentares então se levantaram e tentaram acalmar os ânimos.


 
Depois da confusão, Renivaldo ganhou direito de resposta. “Não tenho sangue de barata. Tenho sangue quente. Aqui tem que ter respeito. Se a carapuça serviu para ele, para mim não.  Não sou mentiroso e não sou covarde. Essa palhaçada desta casa. Coloca homem aqui dentro. Não sou criança, não sou criada com avó. Me respeita. O senhor está extrapolado. Esta Casa tome providências, porque isto aqui não vai acabar bem”, disse.

Confusão anterior

Os vereadores Abílio Junior (PSC) e Renivaldo Nascimento (PSDB) se envolveram em uma confusãio durante sessão realizada nesta quinta-feira (14), que trata sobre a taxação de aplicativos de transporte, em Cuiabá. A temperatura subiu após uma fala do parlamentar de oposição, que se mostrou favorável ao Uber. O tucano, após ter a passagem barrada por Abílio, empurra o colega e chega a fazer menção de desferir um golpe.

O presidente do Movimento Brasil Livre de Mato Grosso (MBL), Rafael Milas, disse que a confusão se instalou após uma fala do vereador Abílio no plenário. “Eu aplaudi a fala do Abílio, foi muito boa, no aplauso da fala ele [Renivaldo] veio para cima de mim e dizendo que eu não podia estar ali e isso mostra claramente de que lado ele está e a que interesse ele está defendendo, que é dos táxis, por motivos escusos, que nós não sabemos ainda”.


 
Rafael pontua ainda que a exaltação exagerada de Renivaldo “mostra o desespero de ver que um projeto absurdo desse de taxação, mas eu não me importo, faz parte do jogo a intolerância é normal e vamos para cima”.

O vereador Renivaldo Nascimento também deu a sua versão sobre a confusão. "Não posso aceitar pacificamente que pessoas externas venham tumultuar aqui. Esta oposição raivosa ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) tumultua a sessão. É preciso respeito, isto aqui é um parlamento. O direito de colocar sua opinião tem que ser respeitado".

"Não parti para cima dele, não teve via de fatos, só discussões. Não vi nenhum excesso. Um cidadão estranho ao local onde deveria estar, pedimos para que fosse retirado", completou Renivaldo.

Por meio de nota, a Uber se manifestou sobre a taxação. Veja na íntegra:

Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal de Cuiabá representam um movimento em direção a uma regulação moderna para o transporte individual privado. Entretanto, permanecem nos textos pontos que podem ser revistos pelo Executivo antes de serem sancionados, pois alguns dispositivos representam sérias restrições à atividade dos motoristas de aplicativos e podem encarecer excessivamente o serviço em Cuiabá.

Foi proposta uma "Taxa de Licença de Funcionamento de Operadoras de Plataformas Digitais" fixada com valor exorbitante, na contramão das regulações mais modernas, como as de São José dos Campos e do Rio de Janeiro, cidades nas quais foi estabelecida uma cobrança proporcional, mais equilibrada, de 1% do valor das viagens.

O projeto ainda propõe que os motoristas arquem com uma "Taxa de Fiscalização de Transporte Remunerado Privado de Passageiros", exigindo uma vistoria anual dos carros junto à prefeitura. A medida representa mais custos e burocracia, onera os motoristas e inviabiliza o dinamismo e a eficiência do sistema implantado pela Uber em todo o Brasil e em mais de 60 países.

Também é importante destacar que os projetos reúnem exigências de compartilhamento de dados e informações sem estabelecer critérios e padrões mínimos de segurança a serem cumpridos pelos órgãos públicos, o que representa grave risco à privacidade dos usuários estabelecida pelo Marco Civil da Internet.

A Uber permanece à disposição do Poder Público para esclarecer os pontos que prejudicam motoristas e usuários, debater soluções para a regulamentação e apresentar sua tecnologia e os benefícios que ela proporciona para a mobilidade de todos os cuiabanos.

*Atualizada 14/03 às 14h47
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