As investigações da Operação Pacenas, cujo objetivo é apurar fraudes e irregularidades nas licitações das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Cuiabá e Várzea Grande, deverão chegar até a Caixa Econômica Federal em Mato Grosso, segundo informaram fontes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal ao Olhar Direto.

Servidores graduados da instituição bancária devem ser ouvidos no inquérito federal, em função das licitações feitas pelas empresas do Consórcio Cuiabano (Construtora Três Irmãos, Concremax, Gemini e Lúmem).

“Uma caixinha de 15% também será alvo de uma investigação mais detalhada”, informou uma fonte da justiça federal.

A Operação Pacenas foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 10 de agosto. Empresários e servidores municipais graduados são acusados de participar de um esquema de fraudes em processos licitatórios das obras do PAC. Segundo a PF, editais de licitações continham clausulas restritivas, direcionando todo processo a uma determinada empresa.

O intrigante é que as liberações para as empresas teriam respaldo político. “E é esse novo conluio que deverá ser investigado”, afirmou uma das fontes.

Inclusive, o procurador da república Mário Lúcio Avelar, responsável pela denúncia que deu origem à Operação Pacenas, chegou a afirmar, em entrevista a um programa de televisão no último dia 13, que há indícios do envolvimento de um deputado federal no esquema criminoso.