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Mulher morre depois de ser atendida no PSM; família aciona MP

De Barra do Garças - Ronaldo Couto - Especial para o Olhar Direto

Cinco horas após ter sido atendida no Pronto Socorro Municipal de Barra do Garças (localizado a 504 km de Cuiabá), a dona de casa Lucilene Pereira dos Santos Leal morreu e, segundo a familia, houve negligência no atendimento. Segundo apurou o Olhar Direto, Lucilene deu entrar no PSM por volta das 2h30 e morreu às 07h30.

Uma denúncia deverá será protocolada hoje no Ministério Público de Barra do Garças junto ao promotor Marcos Brantz, que vai receber, ainda hoje, os familiares de Lucilene e o advogado Edvaldo Pereira da Silva, segundo informou o jornalista Antônio Borges Neto, que é cunhado da vítima.

A mãe de Lucilene, Cleuza Almeida Siqueira, 64 anos, conta que a filha estava em casa quando começou a passar mal de madrugada, por volta das 2h30, e o esposo, Mariozan Leal, a levou até o PSM, pois ela estava com a pressão alterada.

Depois de deixá-la no PSM junto com o filho Tiago, o esposo foi buscar roupas em casa pensando que a esposa seria internada, mas quando chegou recebeu a notícia de que ela recebeu alta depois de tomar uma injeção. “O meu filho disse que ouviu dos funcionários que a pressão dela continuava alterada e que ela deveria ser mantida em observação”, conta Mariozan.

A família acredita que a falha do PSM foi no sentido de mandar a paciente para casa mesmo com a pressão alterada e pede explicação porque ela não foi internada. O diretor do PSM, Manoel da Silva, não quis falar sobre o assunto com a reportagem do Olhar Direto, limitando-se a informar que o médico plantonista era Rodrigo Gusmão e que estava apenas substituindo um profissional que faltou.

Sobre o procedimento que foi adotado de aplicar uma injeção e liberar a paciente, o diretor informou que qualquer pronunciamento só poderá ser feito pelo médico José Maria, diretor-técnico da unidade.

Segundo a família, Lucilene morreu de aneurisma cerebral e que eles acreditam que pode ter sido pela pressão que estava muito alta. Dona Cleuza acredita que a filha tinha que ser internada pelo menos para observação.

A mãe Cleuza reclama que isso aconteceu porque a família é pobre e não tem condição de pagar um hospital. “Se nós tivéssemos dinheiro, ela estaria internada e poderia estar aqui com a gente”, finalizou.
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