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Notícias / Ciência & Saúde

Soares diz que exigências são apenas "pano de fundo"

Da Redação - Jardel Arruda

O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, afirmou que as exigências por melhorias nas condições de trabalho, feitas pelos médicos do movimento demissionário e grevista, são apenas pano de fundo para justificar a paralisação.

“Tenho certeza que houve uma motivação política”, afirmou durante entrevista ao programa "Cidade Independente", na manhã desta quarta-feira (11). Segundo ele, 90% das dificuldades serão corrigidas com a reforma do Pronto-Socorro e as outras 10% com o passar do tempo.

Além disso, Soares nega a existência de um caos na saúde pública de Cuiabá. Segudo ele, o que houve foi uma crise setorizada no Box de Emergência do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. O setor de atendimento cirúrgico foi o mais afetado pelas demissões. De um total de 29 cirurgiões, 23 deixaram os postos, desfalcando a escala de atendimento.

Na ocasião, a prefeitura chegou a contratar uma empresa privada para suprir a demanda. Uma série de especulações surgiu sobre a idoneidade da ‘terceirizada’, mas ela nem mesmo conseguiu efetivar médicos suficientes e foi dispensada.

Para Luiz Soares, o fator agravante da “crise setorizada” foi a duração prolongada da greve. Inclusive, ele admitiu a falta de paciência para negociar com os médicos. “Pessoalmente, eu não teria a capacidade e a paciência de negociação do prefeito Wilson Santos (PSDB)”.
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