Técnicos da Funai foram a Sidrolândiax, no Mato Grosso do Sul, para vistoriar propriedades que ficam numa área reivindicada por índios terenas. A missão deles é fazer um laudo para determinar o valor da indenização que o governo vai pagar aos fazendeiros.

A quantidade de madeira é um dos principais itens conferidos no curral. Os objetos considerados de valor são avaliados pelos técnicos da Funai. Sete funcionários se dividem em dois grupos. O processo é parecido nos imóveis, onde eles fazem a checagem da planta. Além das casas, currais e cercas, pomares, açudes e animais também são avaliados como benfeitorias que valorizam a propriedade rural.

O trabalho feito pelos técnicos nas propriedades é importante para a avaliação do preço a ser pago pelas fazendas. Além da análise de benfeitorias, existem outros dois critérios usados para estimar o valor das terras.

Um dos critérios é responsabilidade do INCRA, que avalia as áreas da propriedade onde não tem plantação ou construção. O outro critério fica a cargo da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), tem a responsabilidade de definir o tamanho total da fazenda.

Segundo a Funai, 32 fazendas estão em disputa judicial entre índios e fazendeiros. Dez já foram avaliadas. A indefinição sobre o destino das terras foi o motivo de confronto no fim de maio. Após índios terenas terem ocupado a Fazenda Buriti, um deles foi morto e outro ferido num tiroteio durante uma ação de reintegração de posse da área.

A situação hoje está tranquila nas aldeias e na Fazenda Buriti. Os índios plantaram feijão, abacaxi, milho e também contribuíram moradias. Os trabalhos em campo em Sidrolândia devem terminar em dez dias. A Funai não informou quando vai divulgar a conclusão dos laudos.