Olhar Agro & Negócios

Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Demora oficial para definir leilões de pepro frustra citricultores

A demora do governo na definição dos leilões de prêmio de equalização de preços (Pepro) para apoiar a comercialização de laranja frustrou os citricultores, que esperavam a realização dos pregões ainda neste mês. O presidente da Câmara Setorial de Citricultura, vinculada ao Ministério da Agricultura, Marco Antonio dos Santos, disse ao Broadcast que a expectativa do setor era que o governo lançasse hoje o aviso para realização do leilão na próxima sexta-feira (29), mas até agora não existe definição.


Santos, que também é presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga (SP), ressalta que os leilões são realizados cinco dias úteis após a publicação do aviso pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele estima que, caso o leilão fosse realizado ainda em novembro, o governo poderia apoiar a comercialização de pelo menos 10 milhões de caixas, garantindo aos produtores receber o preço mínimo de R$ 10,10/caixa, que foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim do mês passado. Os atuais preços da laranja no mercado estão entre R$ 8 a R$ 9 no mercado spot, enquanto a fruta vendida por meio de contratos antecipados é entregue por R$ 7/caixa.

Na avaliação do presidente da câmara setorial, a realização de leilões em dezembro e janeiro deve possibilitar o apoio à comercialização de apenas 7 milhões de caixas das frutas tardias. 'É um volume pequeno em relação à safra estimada em 230 milhões de caixas', disse ele, lembrando que o volume maior no fim desta safra está sendo entregue às indústrias agora em novembro. O motivo do atraso na adoção das medidas de apoio à citricultura neste ano foi a denúncia de irregularidades nos leilões de Pepro realizados na safra passada, o que provocou atraso no pagamento dos prêmios. Por meio dos leilões, o governo garantiu aos produtores um subsídio de, em média, R$ 4/caixa na venda de 25,7 milhões de caixas de laranja, ao custo de R$ 117,1 milhões. O prêmio banca a diferença entre o preço mínimo de R$ 10,10/caixa e o valor comprovado de venda da fruta.

A Conab ainda está realizando o pagamento dos prêmios dos leilões realizados entre setembro do ano passado e fevereiro deste ano, após analisar caso a caso as documentações entregues pelos produtores para comprovar a venda das frutas. Santos afirmou que até a semana passada a Conab pagou R$ 91,8 milhões a 1.780 citricultores. Ainda estão pendentes pagamentos de R$ 25 milhões a cerca de 300 produtores. Ele informou que está ansioso para ver todas as pendências resolvidas porque nos almoços de fim de semana é cobrado pela família, pois o sogro dele até hoje não recebeu os prêmios arrematados nos leilões da Conab.
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