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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Deputado defende ocupação de reserva indígena e critica governo por abusos da Funai

Foto: Reprodução

Milhares de pessoas promoveram caos em terra indígena após sumiço de três moradores no AM

Milhares de pessoas promoveram caos em terra indígena após sumiço de três moradores no AM

O deputado federal Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), demonstrou apoio aos moradores que invadiram uma reserva indígena Tenharim Marmelos, no município de Humaitá, localizada a 675 quilômetros ao sul de Manaus (AM), em plena floresta amazônica, em protesto contra a política indigenista da Funai.


Os indígenas foram banidos do local durante o Natal, quando pelo menos duas mil pessoas revoltadas com o desaparecimento de três moradores da região incendiaram a sede da Funai, a Casa de Saúde do Índio, veículos e um grande arco para atender esta população.

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Além disso, os pedágios montados pelos índios na rodovia Transamazônica, BR 230, foram destruídos. Para Quartiero, enquanto a PEC 215, a proposta que transfere do Executivo para o Legislativo a decisão sobre demarcação de terras, não for totalmente implementada, a população deve se defender dos abusos praticados pelos índios e pela Funai.

“A população deve se defender da maneira que for possível. Se os índios invadirem, que procurem uma maneira de expulsá-los. Parece que o nosso governo está insensível nesta questão e não está vendo o tremendo prejuízo à população. Vamos trabalhar em tudo o que for possível para reagir”, afirmou Quartiero.

O deputado, que é produtor rural, foi um dos arrozeiros que tiveram de se retirar da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que homologou e ampliou os limites daquele território.

A PEC 215, batizada de PEC Homero Pereira, que tramitará na Câmara dos Deputados, tem prazo regimental de 40 sessões ordinárias para realizar os trabalhos, podendo ser estendida por igual período se necessário.

Os 140 índios que estavam sob a proteção do Exército no 54º Batalhão de Infantaria de Selva desde o ataque às instalações indígenas da cidade, no dia 25, foram levados de volta às suas aldeias na Terra Indígena Tenharim Marmelos, em Humaitá, no sul do Amazonas.

A operação ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 30, após a Justiça Federal determinar à União e à Fundação Nacional do Índio (Funai) o retorno e a adoção de medidas de proteção aos índios.

Os caciques de cinco aldeias concordaram em suspender a cobrança de pedágio na rodovia Transamazônica (BR-230), enquanto a força-tarefa formada por homens do Exército, Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal estiverem na área.

Segundo fontes policiais, o sumiço dos três moradores ocorreu depois da morte de um cacique, encontrado morto às margens da rodovia. Há suspeitas de execução.
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