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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Geral

Produtores de algodão brasileiros pessimistas sobre questão dos subsídios dos EUA

O Brasil questionou junto à OMC – Organização Mundial do Comércio, os subsídios ao algodão dos EUA e ganhou o direito de impor US$ 830.000.000 em tarifas retaliatórias sobre produtos americanos que vão de carros a leite em pó . Mas as sanções foram suspensas enquanto se aguardava que Washington promulgasse uma nova lei agrícola visando eliminar os subsídios ao setor. A definição da nova lei agrícola já esta com mais de um ano de atraso e os produtores brasileiros de algodão disseram após visitas ao Congresso dos EUA esta semana, que eles não estão seguros de que a legislação proposta esteja conforme com as regras da OMC contra os subsídios que distorcem o comércio. "Em visit


as ao Congresso ainda não sentimos esforço suficiente para que a nova lei agrícola cumpra com os ditames da OMC", disse a jornalistas na terça-feira Gilson Pinesso , Presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão ( ABRAPA ). Apesar de os produtores do Brasil quererem resolver o litígio de forma amigável , se o projeto de lei agrícola não passar logo ou não conseguir cumprir as regras da OMC, o Brasil irá adotar sanções aos produtos Americanos, preocupação que também foi levantada por grupos empresariais norte-americanos que seriam afetados com as sanções comerciais do Brasil aos EUA. "Estamos na posição onde não há opções de meio termo, somente a retaliação", disse Welber Barral Oliveira, ex-secretário do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, que fazia parte da delegação. A Comissão de Comércio Exterior do Brasil (Camex) disse em dezembro que iria realizar consultas públicas em janeiro, com vista a ultimar medidas de retaliação em 28 de fevereiro. Em 2010, o Brasil publicou uma lista

de cerca de 100 produtos americanos que poderiam ser alvo da retaliação, incluindo um aumento de tarifa sobre carros de 35% para 50%, um aumento nas tarifas de trigo de 10% para 30% e uma taxa de 48% sobre o leite em pó, acima dos 28 por cento praticados hoje. Sobre o algodão seria cobrada uma tarifa de importação de 100% a mais. A ABRAPA e o NCC - National Cotton Council , dos EUA apresentaram uma proposta conjunta para resolver o impasse, e o assessor internacional da Abrapa, Mark Langevin disse que essa proposta tinha de ser tomada na íntegra, e não aproveitada somente nas partes que interessam aos EUA como vem sendo feito. Em uma carta datada de maio de 2013, enviada para o Representante Comercial do Departamento de Agricultura dos EUA, os dois grupos propuseram um programa de empréstimo baseado em fórmula para os produtores de algodão de sequeiro, seguro voluntário de receitas e um programa de cooperação entre os produtores de algodão brasileiros e dos EUA.
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