Pois ontem, 22, no interior paulista, o frango vivo sofreu a segunda baixa consecutiva, sendo comercializado por R$2,40/kg. Como, em Minas Gerais, a despeito do mercado fraco, a cotação permaneceu inalterada em R$2,45/kg, desapareceu a (rara) igualdade de preços que marcou as duas praças nos últimos 12 dias.

A fraqueza de mercado observada tanto em São Paulo como em Minas Gerais tem origem, fundamentalmente, na baixa demanda do produto – situação típica dos primeiros meses do ano. Mas, no caso do frango vivo, é agravada pelas integrações que, sem mercado para o frango próprio abatido, têm como única saída para esse impasse a venda da ave viva.

Não fosse isso suficiente, registra-se uma ocorrência que coloca em xeque o mercado já frágil e que, nas palavras de fontes do mercado, “está sendo ocasionada por um erro crasso de estratégia”: a oferta, no mercado paulista, por parte de integração de outro estado, de cerca de meio milhão de frangos vivos que – era esse o objetivo – deveriam estar sendo abatidos por essa integração.

Em suma, está havendo verdadeira derrama de produto naquele que é, tradicionalmente, o pior momento do mercado. E isso pode retardar a reversão da situação.