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Domingo, 23 de junho de 2024

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bom e velho café

Novos hábitos de consumo e boas práticas na produção mantém cafeicultura em alta

Foto: Reprodução

Nova classe média e jovens adotaram o café

Nova classe média e jovens adotaram o café

O brasileiro colocou o pé no freio na hora de comprar café no supermercado em 2012, mas uma mudança no comportamento da nova classe media emergente e de jovens evitou o que poderia ser considerado um ano de queda para o setor.


De acordo com pesquisa da consutoria Kantar Worldpanel, divulgada esta semana, de janeiro a setembro de 2012, as compras de bens não-duráveis, entre eles o café, tiveram um crescimento de apenas 5%, taxa menor que a de 11% verificada entre 2010 e 2011.

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O ano só não foi pior porque consumidores das classes D e E aumentaram em 4% o número de unidades compradas entre janeiro e setembro de 2012, o que demonstra um aumento forte da demanda do produtos no Brasil nas camadas mais pobres da população.

Paralelo ao crescente consumo interno pela nova classe média, o café experimenta momento especial em relação à produção e à qualidade do grão. A avaliação é de Jamilsen Santos, da Embrapa Café.

Ele coordena dentro da Embrapa Café, em parceria com empresas e instituições participantes, o Consórcio Pesquisa Café, que tem por objetivo a Transferéncia de Tecnologias para Melhoria da Qualidade do Café Produzido pela Agricultura Familiar.

O projeto contempla o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Setor Cafeeiro até 2015 e tem por objeivo instalar unidades demonstrativas de tecnologias pós colheita e realizer treinamentos nas principais regions produtoras.

“A café brasileiro sempre foi de vanguarda. Produzimos praticamente um terço da produção mundial e estivemos sempre à frente. Tivemos problemas de qualidade mas conseguimos reverter um quadro até pejorativo nos últimos anos”, afirma.

Mais de 700 pesquisadores de cerca de 40 instituições desenvolvem atualmente 74 projetos de pesquisa com 355 planos de ação através do Consórcio Pesquisa Café.

Café entre jovens
“Estamos em um caminho crescente. E a recente pesquisa da ABIC revela que há novos hábitos de consuma em diversos segmentos da população”, acrescenta Santos ao referir-se a Estudo da Associação Brasileira da Indústria do Café.

Segundo o levantamento, entre 2003 e 2010, o percentual de pessoas que declararam, espontaneamente, ter o café entre as bebidas habituais e que o haviam consumido no dia anterior e no dia da pesquisa aumentou de 85% para 91% na faixa dos 15 aos 19 anos; de 83% para 90% na faixa dos 20 aos 26 anos; de 86% para 94% na faixa dos 27 aos 35 anos e acima dos 36 anos, de 96% para 98%. Ou seja, o café, que até quinze anos atrás tinha como grande consumidor o público mais velho, está conquistando os jovens.

Super safra
Segundo a Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita na safra 2013/14 será a maior da história para os chamados ciclos de baixa bienalidade da cultura, que altera safras de maior produção com temporadas de colheita menor.

O Brasil deve produzir entre 46,98 milhões de sacas e 50,16 milhões de sacas neste ano, salto de 40,5% a 42,6% sobre o total produzido dez anos antes. Na safra 2012/13, foram produzidas 50,8 milhões de sacas de café no Brasil.
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