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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Enzimas na criação de suínos é opção para baratear custos da nutrição

O consumo de carne suína vem crescendo a cada dia. Conforme o último relatório da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) o consumo interno em 2011 foi de 15,1 kg/hab/ano, um incremento de 7,85% em relação ao ano anterior, onde o consumo foi de 14 kg/hab/ano. Embora o avanço seja grande, o país ainda está longe da média mundial de 39 kg/hab/ano.


O mercado tende a melhorar ainda mais em resposta ao preço elevado da carne bovina e as ações desenvolvidas pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que no ano passado lançou a Semana Nacional da Carne Suína com apoio do Ministério da Agricultura e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para elevar o consumo per capita no Brasil.

O país é autossuficiente e um dos maiores produtores mundiais. De acordo com informações da Abipecs, divulgadas sobre o balanço do ano de 2012, o Brasil exportou 581.477 toneladas de carne suína e US$ 1,49 bilhão – crescimento de 12,60% em volume e 4,21% em valor comparado ao ano de 2011. Os principais mercados em 2012 para a carne suína brasileira foram: Ucrânia com 138.666 toneladas (crescimento de 124,71% em relação a 2011), em seguida Rússia com 127.071 toneladas (aumento de 0,5% em relação ao ano anterior) e Hong Kong com 124.702 toneladas (queda de 3,88% em relação a 2011).

A principal dificuldade encontrada pelos criadores é alta das commodities, que encarece o preço final para o consumidor e diminui a margem de lucro do produtor. Hoje, os gastos com alimentação representam cerca de 70% dos custos de produção. O uso de enzimas nas rações possibilita melhor aproveitamento dos nutrientes por aumentar a digestibilidade dos alimentos. Com este maior aproveitamento do ingrediente há redução automaticamente do custo de alimentação do suíno.

As enzimas são indicadas para baratear os custos e melhorar a digestibilidade do milho, trigo, sorgo, entre outros. Há no mercado diversos tipos de enzimas que são específicas para cada tipo de grão e cada uma apresenta um substrato diferente, que acelera a digestibilidade e possibilita melhor aproveitamento das partes que não são ingeridas pelo animal. Uma dieta para suínos tem o custo aproximado de R$700,00 por tonelada, com a utilização do complexo enzimático pode haver uma redução de até R$30,00 por tonelada.

O uso das enzimas na nutrição não ocasiona nenhum dano à saúde humana ou do animal e não há alteração no sabor, pois estes componentes apenas tiram os ingredientes da casca do grão, que seriam descartados no processo normal de digestão. Uma das enzimas mais utilizadas, atualmente, é a fitase que proporciona a redução da inclusão de fontes de fósforo inorgânico e/ou orgânico. Esta ação reduz o impacto ambiental, impedindo que o fósforo vegetal (oriundo dos alimentos) seja eliminado nas fezes sem ser aproveitado pelo organismo.
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