As obras de implantação da hidrovia do rio Tocantins começarão dentro de um ano. A previsão é do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

Ele sobrevoou a hidrelétrica de Lajeado e parte do traçado da hidrovia do Tocantins, acompanhado pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, o governador Siqueira Campos e o representante do Banco de Desenvolvimento da China, Weidong Zhou.

Segundo o presidente da EPL, o edital para licitação das obras e da concessão administrativa será aberto ainda este ano. A senadora Kátia Abreu, que vem trabalhando há mais de 10 anos pela implantação da hidrovia do Tocantins, comemorou a inclusão do projeto da hidrovia no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a disposição de investimento do Banco de Desenvolvimento da China.

O projeto será realizado no sistema de concessão administrativa, no qual uma empresa privada executará e administrará o projeto, recebendo a concessão do Governo federal pelo período determinado. A previsão de finalização dos estudos necessários é para junho deste ano e, até setembro, os editais para licitação devem ser abertos. Segundo o presidente da EPL, serão construídas duas eclusas, cujas obras viabilizarão a navegabilidade do rio Tocantins e a construção de portos, de forma gradativa, a partir do início de 2014.

A senadora Kátia Abreu destacou que a hidrovia é de fundamental importância para que o Tocantins tenha competitividade para exportar sua produção e para a integração da região conhecida como MAPITOBA – Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. A previsão de investimento é de R$3,5 bilhões.

“A hidrovia é a forma mais barata de escoar a nossa produção. Um navio puxando quatro chatas (balsas) substituem 86 vagões de trem de 70 toneladas e 172 carretas bitrem de 35 toneladas. Teremos competitividade para exportar os nossos produtos”, afirmou. Ela anunciou, ainda, que a CNA irá apresentar ao Governo federal estudos para expandir a área irrigável do País nos próximos 10 anos, como forma de aumentar a produção sem desmatamento. Somente o Tocantins tem uma área irrigável de quatro milhões de hectares.